A Activision conseguiu sobreviver ao impacto imediato do Grande Crash de 1983, mas com o tempo sua estrutura foi mudando, adotando alguns hábitos ruins bem familiares.
“Eu não saí por escolha própria”, disse Crane, o último dos fundadores a deixar a companhia, em 86. “O novo presidente, Bruce Davis, pediu para eu receber uma fração do meu salário, com o resto sendo compensado por meio de bônus de incentivo. Eu perguntei a ele para colocar o bônus em termos claros via contrato e ele não fez.”
“Você pode achar que havíamos chegado a um impasse, mas não. Ele cortou meu salário sem um bônus compensatório. Por isso eu fui embora.”
A companhia se arrastou pelo restante da década, colecionando dívidas pelo caminho, até ganhar nova vida a partir do início dos anos 1990.
Como? Há alguns anos atrás, em um outro site, escrevi sobre como a marca “Atari” é uma carcaça, uma pele costurada e usada por outras companhias para chamar a atenção de um público que, a este ponto, reconhece o nome por seu elemento nostálgico, não tendo nada da essência da companhia original.
A Activision é, de certa forma, uma versão de maior sucesso desta mesma lógica.