Uma análise da E3 2019 publicada por Anita Sarkeesian e Carolyn Petit no site Wired, revelou que a representatividade feminina na feira está em baixa.
Apesar de todo o barulho que a indústria fez em 2015, apresentando diversos jogos com protagonistas do sexo feminino (como ReCore, Dishonored 2, Horizon: Zero Dawn, dentre outros), além de mais mulheres desenvolvendo e apresentando jogos na E3; os números parecem ter caído ao longo dos últimos 4 anos.
Segundo a pesquisa, dos jogos apresentados na E3 deste ano, apenas 5% deles possuem mulheres como protagonistas em suas histórias - o menor número desde 2015.
Já os protagonistas homens são representados por 22% dos jogos, enquanto que personagens múltiplos (categoria onde entram grupos mistos, tais como Final Fantasy VII Remake, Dragon Quest XI, The Last Remnant Remastered, etc.) alcançaram 65%.
Ao todo, foram cerca de 126 jogos revelados por 8 produtoras: Microsoft, Nintendo, Bethesda, Ubisoft, Square Enix, EA e PC Gaming Show.
Um deles, talvez o mais notável neste quesito de representativide feminina, é Wolfstein: Youngblood, que traz duas mulheres à frente da trama.
Vale apontar, porém, que o texto ressalta que ter personagens do sexo feminino não é o suficiente, uma vez que quantidade não é o mesmo que qualidade e, querendo ou não, muitas vezes elas acabam caindo em estereótipos.
Além disso, em termos de apresentadores, a E3 contou com 21% de mulheres no palco apresentando os jogos, enquanto 79% eram homens. Para efeito de comparação, a Square Enix levou 15 apresentadores para a feira, mas deste número, apenas 2 eram mulheres.
O mesmo aconteceu com a Bethesda, que teve 17 apresentadores, mas apenas 2 mulheres - com grande destaque para Ikumi Nakamura, que roubou a atenção do público. Por fim, a análise também aponta para jogos violentos.
107 dos jogos apresentados na E3 2019 (85% do total) possuíam combate como mecânica, enquanto apenas 19 jogos (cerca de 15%), não apresentavam nada do tipo.