A maior supresaBlizzCon 2016 deve ter sido o anúncio da recriação de Diablo I em Diablo III. A adição do Necromante, classe super pedida pelos fãs, foi comemorada, mas era esperada. Dessa forma, poder reviver os ares do jogo que deu origem à franquia se tornou um dos grandes assuntos do evento.

A ideia dessa remodelagem, porém, não surgiu de primeira dentro da Blizzard. Segundo Julia Humphreys, designer sênior do título, o processo foi tomando forma depois de uma simples sugestão. "Tínhamos que fazer algo especial para o aniversário de 20 anos e começamos a ter várias ideias. A primeira delas foi colocar a música original de Diablo em Diablo 3. Depois que fizemos isso, a equipe inteira começou a dar sugestões de novas inclusões. O pessoal de design queria colocar sets clássicos para recriar a Catedral, depois veio o pessoal de gráficos querendo colocar um visual pixelizado e depois veio a equipe de animação falando que poderia colocar uma movimentação diferente. No fundo, foi uma ideia que surgiu realmente da equipe inteira. Queremos que as pessoas tenham a sensação de que voltaram no tempo", disse.

Julia lembra também que o jogo continua a ser Diablo 3, apesar das mudanças. "É muito bom que as pessoas entendam isso. A engine ainda é de Diablo 3, o seu personagem continua o mesmo também. É só uma grande skin que fará você viajar no tempo e reviver algumas memórias. Acho que para os fãs de longa data será reviver uma época mágica e reconhecer coisas muito icônicas. Para que nunca jogou, acho que é a oportunidade de conhecer o game. Se não for tão divertido assim, ao menos é uma baita aula de história dos games", completa a produtora, que garante o disponível nos servidores de testes públicos a partir da próxima semana.

O novo Necromancer 

A Blizzard não esconde que demorou para incluir o Necromante em Diablo. "Sabemos que é algo que os fãs pediam desde o momento que lançamos o jogo", confessa Matthew Berger, designer sênior do game. Apesar disso, ele garante que o tempo trouxe algumas vantagens e diferenças em relação ao clássico necromancer. "Queremos ter certeza de você vai lembrar do antigo Necromante, mas também desejamos que você seja surpreendido com novas habilidades, novos poderes e até mesmo as histórias que mostraremos. Uma das grandes diferenças é, por exemplo, como exploramos as habilidades com sangue e também a ausência de poderes relacionados a venenos. Isso será percebido logo no início, mas acho que quanto mais se jogar, mas será notório como a classe evoluiu", disse.

O visual do Necromante também está diferente - e para um lado mais rockeiro, mais vampiresco, por assim dizer. E Berger confirma a inspiração em um dos maiores vampiros da cultura pop: o Drácula de Bram Stoker. "Sim, existe essa inspiração. Acho que sempre que estamos recriando algo pegamos várias referências, sejam de filmes, séries, quadrinhos, livros e outros games. Isso também acontece quando fazemos novas zonas, por exemplo. Buscamos nos inspirar em coisas que nós gostamos e que fazem sentido dentro do mundo de Diablo", conta o designer, que antes de encerrar a entrevista, faz um lembrete aos fãs da série. "São duas novas zonas: uma desolada e bem destruída e a outra é o Temple of the First Born, que é um lugar onde teremos uma exploração mais interna. Eles estão incluídos no Ato II no modo Adventure. Ainda assim, é bom lembrar que todo mundo que já tem o jogo terá acesso a essas zonas, elas virão separadas do pack do Necromante".

O jogo chegou inicialmente ao PC em maio de 2012, e ganhou uma versão para PlayStation 3 Xbox 360 em 2013. Uma nova edição, intitulada Diablo III: Ultimate Evil Edition, saiu em 2014 para PS3, Xbox 360, PlayStation 4 Xbox One.

A BlizzCon 2016 aconteceu nos dias 4 a 6 de novembro em Anaheim, nos Estados Unidos. Nela, além de novidades dos jogos da Blizzard, acontecerão as finais mundiais de jogos como StarCraft 2, Hearthstone, Heroes of the Storm e World of Warcraft. O Omelete está na BlizzCon e traz cobertura completa do evento, no local.

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