
Foto: Bruno Alvares/Riot Games
CBLOL: “Objetivo sempre é ser campeão”, diz head da KaBuM
Danilo Geraldi conta mais sobre planejamento da organização no Academy e reflexos do título no elenco principal
A KaBuM teve um split no mínimo curioso no League of Legends (LoL): apesar de ter sido lanterna do CBLOL 2023, o time conseguiu o título no Academy. Em conversa exclusiva com o The Enemy, Danilo Geraldi, head de esports da organização, falou um pouco mais sobre ambos resultados, e também do planejamento interno que levou a eles.
Começando pelo Academy, Geraldi destaca a formação de um time experiente, mas que ainda estava longe de seu teto de performance: SuperCleber, SCARY, Scuro e Guigs todos tinham passagem pelo CBLOL principal:
“Isso foi planejado e também consequência de algumas coisas que foram acontecendo durante os splits. Mas a gente trabalhou bastante a nossa base com o nosso time principal, a sempre tenta estreitar essas barreiras e deixá-los o mais próximo possível do CBLOL, que é o grande foco deles. O primeiro foco é ser campeão e performar super bem no Academy, mas a consequência da carreira deles é jogar o CBLOL”, explica Geraldi.
A exceção é Dioge, midlaner que se tornou uma espécie de jóia para a organização:
“Ele veio muito novo pra cá, ele estava na nossa primeira formação de Academy, quando entramos nas franquias, em 2021. Ele foi um projeto que a gente foi lapidando em todas as fases. Ele começou como complete, 6º player do Academy, começou a ter mais trabalhos presenciais na Gaming House, depois a dividir posição, em alguns splits, com o Titeito. Depois, se firmou como titular e esse ano dele foi incrível. Ele foi eleito craque do campeonato no 1º split, e nesse split foi seleção do torneio”, elogia Geraldi.

Ainda pensando em planejamento, o Academy é, teoricamente, uma liga de formação de jogadores, e o título não necessariamente é o objetivo para as organizações — que podem apenas buscar garimpar um ou outro jogador para seu elenco principal. Na visão de Geraldi, entretanto, resultados bons desde a base ajudam no “despertar” de um pro player:
“Na minha visão, a melhor formação é despertar neles a competição, querer ser campeão, viver um playoff, uma tensão numa série que tá 2x0 pra tentar um Reverse Sweep; jogar contra um time que talvez seja mais favorito. Essa formação, pra gente, não é separado do título. Acho que o título condecora tudo isso. Eles também são cobrados pra terem resultado positivo e serem campeões, e acho que é a primeira forma que eles começam a entender como vai ser quando subir”, analisa.
Passando para o CBLOL principal, Geraldi admite que a lanterna na fase de pontos passou longe daquilo que foi planejado, e encontra justificativas para a performance tão abaixo:
“Acho que ninguém esperava o que aconteceu. Se a gente analisar nome a nome, e o planejamento que a gente fez, as características individuais de cada jogador, ninguém esperava isso. No começo do campeonato isso não estava acontecendo, nós tivemos jogos bons no início do torneio [...] A gente foi fugindo do time ser bom ou ruim pra uma sequência de derrotas que foi pesando demais na nossa sequência. Virou um snowball de situações e acredito que nossos jogadores não conseguiram mostrar quem eles realmente eram e o porquê de estarem compondo essa line”, explica.

Os resultados espelhados, entretanto, terão consequências em ambos elencos. Ainda sem cravar qualquer coisa, o head de esports diz que esse é o momento de analisar se os jogadores do Academy possuem espaço no CBLOL:
“Ainda é muito cedo pra publicar algo, mas nosso planejamento já tá acontecendo. Durante o campeonato, a gente quis respeitar o máximo possível o desenvolvimento desse time no Academy; não mexer tanto nesse time, deixá-los desempenhar no campeonato que eles estavam, até pra que nesse fim de ano a gente possa fazer uma análise muito mais correta de quem eles foram, do que eles evoluíram, pra saber se eles realmente têm condição de serem promovidos, se ainda falta um pouquinho”, conta.
Por fim, em meio a rumores de que os Ninjas querem investir pesado no próximo split para alcançar resultados melhores, Geraldi é certeiro:
“Numa organização do tamanho da KaBuM, e com os títulos que tem, o objetivo sempre é ser campeão. Nosso objetivo no split que vem é ser campeão do CBLOL e defender o título do Academy. O que a gente planejar, e conseguir fazer, pra montar dois times que vão buscar o título, a gente vai fazer”, crava.
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Campeã do Academy, a KaBuM assistirá à final do CBLOL entre LOUD e paiN Gaming, que completam uma trilogia de decisões entre ambos times. A partida acontece em 9 de setembro, no Ginásio Geraldo Magalhães, em Recife.
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