Pela primeira vez em muitos anos, a Activision não estava com uma presença robusta na E3. Sem estande, a gigante se limitou a ocupar algumas salas nos andares superiores do Centro de Convenções de Los Angeles para mostrar Call of Duty: Infinite Warfare, novo capítulo da maior franquia de FPS da atualidade. Além da demo mostrada na conferência da Sony, o Omelete assistiu a uma apresentação da primeira missão do jogo e conversou com os responsáveis pela campanha principal, que promete ter mais peso e importância que as anteriores.

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"Nossa história é sobre liderança. Fizemos um roteiro 100% novo, sem nenhuma ligação com a franquia toda, pois queríamos dar essa sensação de ineditismo. É uma guerra espacial em que teremos a maior parte da ação se passando em outros planetas que não a Terra", disse Jacob Minkoff, diretor de design da Infinity Ward. O jogador assumirá o papel do Capitão Nick Reyes, um tenente que assume o comando da nave "Retribution" após a Terra se atacada pela "Settlement Defence Front". A partir daí, o protagonista precisa tomar decisões que antes eram escolhidas pelo comandante da tropa da nave. "Agora você será o cara que vai liderar as ações. Desde o começo você terá um mapa onde decidirá se quer fazer uma missão secundaria, se quer melhorar seu equipamento, se quer derrotar uma unidade inimiga menor, ao invés de seguir a campanha principal. É uma questão de escolha que influencia no decorrer da história", garantiu Minkoff.

"Mas COD agora terá um sistema de escolha como em alguns RPGs?", alguns podem pensar. "Não, as escolhas se restringem a melhorar o desempenho e não necessariamente às decisões morais. É mais sobre como vc quer continuar a história, se com mais ou menos itens, com essa ou aquela arma", disse Minkoff. "O que queremos transmitir é a sensação de poder comandar uma equipe, de saber onde e como se preparar para a abordagem da próxima missão, sem perder, claro, o impacto das sequências de ação ao estilo blockbuster que COD sempre tem", complementou o diretor.

A timidez com que a Activision se apresentou no evento não combina com a grandiloquência deste novo Call of Duty. Não dá pra negar que em alguns momentos ele parece uma mistura de diversos shooters, mas toda o segmento especial de Infinite Warfare mostrado a portas fechadas é algo diferente para a franquia. "A dinâmica das missões neste jogo será diferente. Elas são no espaço e queremos incluir a movimentação de um planeta para o outro como algo que agilize a narrativa e modifique as ações do jogador. Tem uma missão, por exemplo, que se passa em um meteoro muito próximo do sol. Nesta situação, o jogador terá um ciclo de dia e noite que dura 30 segundos. Você terá que se esconder, atacar inimigos e procurar itens tudo ao mesmo tempo. Acho que essa sensação é algo que não incluímos ainda em nenhum COD", revela Minkoff.

O Omelete não pode testar nada do jogo, mas pelas demos dá pra sentir que a ideia de combates espaciais são o diferencial de Infinite Warfare. Apesar do combate terreno parecer o mesmo de sempre, a inclusão de outros segmentos de gameplay e de uma história que não só muda de chão, mas que altera as mecânicas de acordo com a narrativa, dá um voto de confiança a este COD. A abordagem mais tímida na E3 confere menos hype à série, e isso no fim das contas pode ser um ponto positivo.

Call of Duty: Infinite Warfare tem Kit Harrington, o Jon Snow de Game of Thrones, como vilão. O jogo chega ao PS4, Xbox One e PC no dia 4 de novembro.

E3 2016 é a maior feira de games do mundo e ocorre de 14 a 16 de junho em Los Angeles, nos Estados Unidos. O evento tem cobertura completa do Omelete no local, com notícias das conferências, anúncios e prévias de jogos, análises e mais.