A lista de protagonistas de Assassin's Creed é imensa e, provavelmente, não deixará de crescer tão cedo. Desde que a franquia da Ubisoft nos foi apresentada, por meio da história de Altaïr Ibn-La'Ahad, a série já abordou muitos períodos históricos e sempre se esforçou para tornar os personagens principais minimamente cativantes.

Os nomes Ezio Auditore e Edward Kenway, por exemplo, com certeza marcaram as vidas de milhões de pessoas. Inclusive a sua, né? Abaixo, o The Enemy elegeu e ranqueou os dez melhores protagonistas na história de Assassin's Creed. Aliás, sinta-se à vontade para fazer uma lista própria nos comentários.

10. Haytham Kenway (Assassin's Creed III)

Haytham nos enganou em Assassin's Creed III.

Aquela reviravolta, meus amigos... O que dizer? Haytham Kenway já parece um tanto suspeito pela maneira como ele fala em certas cenas, mas a confirmação de que ele é um Templário vem como um soco na cara de quem estava acostumado a enfrentar o grupo. Vamos deixar ele aqui no fundo da lista, porque o verdadeiro protagonista de Assassin's Creed III é Connor, mas não havia como deixar de fora.

9. Eivor Varinsdottir (Assassin's Creed Valhalla)

Eivor pode ser mulher ou homem.

Enquanto Viking, Eivor é um personagem sensacional. Enquanto Assassino (a), nem tanto. É claro que até existem algumas missões do Credo para cumprir ao longo de Assassin's Creed Valhalla, mas o verdadeiro brilho do ou da protagonista não está na devoção à causa. Além disso, Valhalla aposta mais do que qualquer outro game da franquia em conceitos de RPG que mesclam a personalidade do personagem com a do jogador, então, fica complicado de comparar com os demais, que são "pessoas com crenças próprias", digamos.

8. Kassandra (Assassin's Creed Odyssey)

Kassandra e Alexios podem ser os protagonistas de Odyssey.

A protagonista canônica de Assassin's Creed Odyssey, provavelmente, foi um dos personagens que viveu por mais tempo na história da franquia. Afinal, embora o jogo de Kassandra seja situado em 431 a.C., ela viveu por tempo o bastante para interagir com a protagonista do presente, milênios depois.

Kassandra existiu antes mesmo do Credo dos Assassinos e lutou contra uma espécie de antecessor dos Templários (algo sujeito à interpretação), o que a coloca em uma posição bastante específica em relação aos demais personagens.

De qualquer forma, a personagem continua sendo interessante e tem personalidade o bastante para se diferenciar mais do jogador do que Eivor.

7. Bayek de Siuá (Assassin's Creed Origins)

Bayek fundou o Credo dos Assassinos.

Poucos protagonistas sofreram tanto quanto Bayek na franquia. A história de Assassin's Creed Origins, como o nome sugere, remete à fundação da ordem que viríamos a amar. Logo, o protagonista incorpora todos os ideais defendidos pelo grupo, mas talvez isso sirva tanto de maneira positiva (é fácil que o jogador se identifique com ele) quanto negativa (ele parece mais a encarnação de um conceito do que um personagem em si). De qualquer forma, o legado de Bayek é inegável. Só podemos agradecer por ele ter existido.

6. Connor Kenway (Assassin's Creed III)

Connor é filho de Haytham Kenway.

Sejamos sinceros: passar a controlar Connor e poder escalar árvores à vontade torna Assassin's Creed III muito melhor. Para diferenciar as capacidades dos personagens de acordo com o mundo em que eles cresceram, a Ubisoft tomou uma decisão ousada: a exploração seria muito mais travada nos primeiros momentos de jogo, mas melhoraria quando o verdadeiro protagonista aparecesse.

Talvez você tenha se sentido frustrado, mas fazia parte da estratégia de diferenciar eles dois. Connor está entre os mais determinados personagens na história da franquia. Inclusive, ele está sempre tão disposto a dar a vida pelo que acredita que chega a ser bem cabeça dura em alguns momentos. Ainda assim, é inegável que o filho de Haytham seja extremamente competente e justo na maioria das decisões que toma.

5. Evie Frye (Assassin's Creed Syndicate)

Evie é irmã de Jacob Frye.

Os irmãos Frye eram verdadeiros baderneiros. Afinal, para cumprirem os próprios objetivos, ambos formavam gangues que tornavam as ruas de Londres muito mais instáveis, facilitando alguns passos nas missões de um Assassino.

Evie, ao contrário do irmão dela, Jacob, era fria e calculista; uma das maiores estrategistas na história dos Assassinos. Extremamente fiel ao Credo e sempre atenta aos movimentos inimigos, era raro duvidar que um plano dela funcionaria. Jacob, por outro lado, era o clássico herói desleixado que acertava quase por acidente quando tomava decisões questionáveis (ainda assim, ele era bem carismático).

4. Edward Kenway (Assassin's Creed IV: Black Flag)

Edward Kenway é pai de Haytham.

A princípio, Edward Kenway não parecia um herói. Ao contrário de Altaïr, membro do Credo desde muito cedo, Ezio Auditore, que perdeu a família ainda jovem e se tornou um Assassino, e Connor Kenway, cuja sede por vingança o colocou no caminho para se tornar um Assassino, Edward era só um pirata irresposável.

Acompanhar o amadurecimento do personagem, que vai se tornando uma pessoa digna de estar no Credo e contribui para a causa à própria maneira, foi uma jornada sem precedentes; uma mudança muito bem-vinda em relação à fórmula já conhecida de Assassinos que buscam vingança ou algo do tipo. Ainda que sofra com alguns clichês, o desenvolvimento de Edward é excelente.

3. Shay Patrick Cormac (Assassin's Creed Rogue)

Shay era um assassino, mas se tornou templário.

E pensar que dois Templários apareceriam nesta lista?! Caso você não tenha jogado Assassin's Creed Rogue, que foi lançado na transição da geração PS3/Xbox 360 para PS4/Xbox One, saiba que Shay Patrick Cormac traz muito mais nuances do que a maior parte dos protagonistas presentes na lista.

Ele não obedece o Credo cegamente e nem acredita nos ideais dos Assassinos, longe disso. Após questionar tudo que acreditava, ele decide seguir na direção contrária e expõe o lado menos admirável do grupo que amamos. Essa virada era mais do que necessária em algum jogo da franquia. 

2. Altaïr Ibn-La'Ahad (Assassin's Creed)

Altaïr foi o primeiro protagonista da série.

Sendo bem sincero, a posição elevada de Altaïr na lista se deve mais ao respeito pelo personagem que deu início à franquia do que por quão bem desenvolvido ele realmente é em termos de história e personalidade nos jogos.

Se você leu os livros da série (principalmente, Assassin's Creed: Revelações), dificilmente não se tornou fã de Altaïr pela maneira como ele expõe os próprios pensamentos a respeito do Credo e da visão dele para o futuro do grupo. Contudo, nos jogos, ele costuma ser um protagonista sem muitas nuances, mas ainda assim cativante o bastante para ter marcado a nossa memória.

1. Ezio Auditore (Assassin's Creed II)

Ezio Auditore fez história em Assassin's Creed.

Como fugir deste primeiro lugar? Ezio conta com a injusta vantagem de ser desenvolvido em três jogos, que cobrem diferentes momentos da vida dele, e ainda conta com um grupo de coadjuvantes que ajudam demais na maneira como o enxergamos. O cara era amigo de Leonardo Da Vinci! Fica difícil não gostar. Né?

Acompanhar essa longa jornada de vingança recheada de vilões repulsivos, o surgimento de um mestre Assassino que recrutaria uma legião de novatos, ver como ele se manteve fiel à causa por tantos anos... Vimos Ezio nascer, crescer e morrer (no caso, em um filme) ao longo da franquia. Esse foi um dos poucos personagens cuja vida acompanhamos por inteiro.

Não à toa, hoje em dia, Ezio Auditore aparece ao lado de outros grandes heróis quando falamos em popularidade e importância nos games. Link, Kratos, Samus Aran, Nathan Drake, Lara Croft, Master Chief. Ele realmente entrou para a história e merece o primeiro lugar, sem dúvida alguma.

Menção honrosa: Aveline De Grandpre (Assassin's Creed III: Liberation)

Aveline De Grandpre luta pelos escravos.

Filha de um francês rico chamado Philippe de Grandpré e uma escrava chamada Jeanne, Aveline foi a primeira protagonista mulher na história da franquia e lutava pela liberdade dos escravos de Nova Orleans, embora tivesse sido criada em um ambiente privilegiado. Ela, inclusive, praticamente livrou Nova Orleans da presença de Templários após fingir se unir ao grupo e matar uma quantidade considerável de inimigos. Se você ainda não jogou Liberation, dê uma chance. Vale a pena.