Neste ano, a Motorola lançou neste ano a segunda geração dos dispositivos da linha Moto Z e resolveu abrir a porteira dos acessórios Moto Snaps, prometendo lançar doze novos modelos para estes smartphones neste ano.

Para alegria dos entusiastas dos games, um destes acessórios é o Moto Gamepad, Snap que transforma qualquer smartphone da linha Z em uma espécie de console portátil.

Após uma semana com o gadget em mãos, pudemos testar um bom número de jogos gratuitos e pagos disponível para o no Android – e indicamos agora se ele realmente vale a pena ou é só mais um acessório gamer esquecível para smartphones.

The Enemy/Gabriel Pereira

O Moto Gamepad embarca tudo que é esperado de um controle de console: botões direcionais, controles analógicos e – com exceções dos quatro gatilhos superiores – todos com bom clique e feedback. O modelo também é bastante confortável de se segurar nas mãos e é bem leve, o que significa que é possível usá-lo por um bom período de tempo sem que os braços levantados se cansem.

Com os displays de 5,5 polegada da linha Moto Z, a experiência de tela oferecida pelo dispositivo também tem um bom tamanho – ela é um pouco menor do que o display de 6,2 polegadas do Nintendo Switch, por exemplo. E como os botões do Gamepad mantém os dedos do usuário fora da tela do smartphone, o espaço ainda parece melhor aproveitado.

Aliás, vale também lembrar: como o Snap se conecta através dos pinos traseiros do smartphone e bloqueie o acesso à saída P2 e ao conector USB-C do aparelho, há dois conectores aqui na parte de baixo que permitem que você ainda use o Gamepad com fones e enquanto carrega o dispositivo. – que, aliás, tem uma bateria interna de 1.035 mAh que não nos deixou na mão mesmo após sessões de mais de duas horas de jogo.

Mas vamos aos games, que é o que realmente interessa por aqui.

Antes de começarmos, vale ressaltar: o Moto Gamepad possui um aplicativo próprio que lista todos os títulos compatíveis com o acessório:

É uma oferta interessante de games, que vai desde jogos mobile adaptados, como Asphalt 8, passando por títulos adaptados para smartphones, como jogos de aventura da Telltale Games, como The Walking Dead, e alguns game da SEGA Forever, incluindo Crazy Taxi e Sonic. Isso sem falar, é claro, das bizarrices do sistema Android – como um game fake do homem aranha que parece 0% licenciado pela Marvel.

The Enemy/Gabriel Pereira

Nós testamos o Gamepad com mais de dez títulos gratuitos e pagos disponíveis para smartphones Android e podemos dizer que, no final das contas, a experiência com o acessório está diretamente relacionada à qualidade da adaptação da ferramenta pelos desenvolvedor.

Em títulos como Jade Empire, da BioWare, o Gamepad se encaixa perfeitamente: a jogabilidade do título aproveita bem os controles extras do Snap e traz uma ótima experiência.

Outros títulos, no entanto, ainda parecem meio quebrados: apesar de fazer parte da SEGA Forever, o clássico Comic Zone, por exemplo, tem apenas algumas teclas funcionais no Gamepad.

Por fim, há aquele grupo de título que até funcionam com o acessório, mas, tecnicamente, nem precisam. Nesse grupo entram títulos como Jetpack Joyride, que usa basicamente um botão e conta com menus confusos que são praticamente impossíveis de navegar usando o gamepad.

Mas e no final das contas, o Moto Gamepad vale apena?

Bem, se a escolha dependesse apenas da experiência de uso dele, a resposta seria sim.

The Enemy/Gabriel Pereira

Mas nós, que somos brasileiros, estamos acostumados com outro problema – bem mais frequente do que gostaríamos: o preço.

O Moto Gamepad chegou ao brasil por R$ 799, um preço fora da realidade para um acessório que ainda depende de alguns modelos específicos de aparelho para funcionar.

Assim, fica bem difícil a recomendação. Se esse valor caísse aí pelo menos pela metade, poderíamos conversar melhor sobre o assunto.

Mas até lá, o ideial para quem procura um dispositivo portátil para matar tempo, poderia ser investir em um Switch, por exemplo.

Nota do crítico