Streamers deveriam pagar para transmitir jogos, diz diretor criativo do Stadia
Segundo Alex Hutchinson, criadores de conteúdo deveriam "comprar uma licença" e pagar pelo conteúdo que usam
Diretor criativo da plataforma Google Stadia, Alex Hutchinson defendeu na tarde desta quinta-feira (22) que streamers deveriam pagar publishers e desenvolvedores por jogos que decidem transmitir em plataformas.
Postado no Twitter, o comentário foi feito no contexto de uma nova onda de notificações de violação de direitos autorais enviadas pela Twitch a criadores de conteúdo por conta de faixas musicais em jogos.
"Streamers preocupados em terem seu conteúdo retirado porque usaram músicas pelas quais não pagaram, deveriam estar mais preocupados com o fato de que estão transmitindo jogos pelos quais também não pagaram. Tudo se vai assim que as publishers resolverem agir", escreveu Hutchinson.
Na sequência, o diretor criativo da plataforma do Google afirmou ainda que a realidade é que "streamers" deveriam pagar desenvolvedores e publisher dos jogos que transmitem. A ideia, é claro, gerou críticas por boa parte dos seguidores de Hutchinson.
"Eles deveriam comprar uma licença, como qualquer empresa real, e pagar pelo conteúdo que usam", completou. Veja abaixo:
Vale lembrar, no entanto, que a proposta de Hutchinson não é necessariamente uma novidade. Um exemplo notório – e infame – de algo similar é o hoje finado Creators Program, da Nintendo.
Encerrado em 2018, o programa controverso utilizava um sistema em que criadores de conteúdo precisavam da aprovação da Nintendo para veicular vídeos que usassem imagens de jogos da empresa – evitando assim que seus conteúdos fossem derrubados ou perdessem monetização no YouTube.
Em troca, produtores de conteúdo compartilhariam parte da receita recebida com estes vídeos com a própria Nintendo.