Streamers encontraram maneiras ‘criativas’ de monetizar na Twitch, diz executivo
Ignacio Estanga deu entrevista exclusiva para o The Enemy na TwitchCon
A Twitch tem sofrido críticas de criadores de conteúdo em 2024 por conta de mudanças que diminuíram o rendimento de vários criadores de conteúdo, especialmente entre streamers de pequeno e médio porte. Nesse cenário, a plataforma vê que alguns criadores de conteúdo têm encontrado maneiras ‘criativas’ de monetização.
O The Enemy teve a oportunidade de conversar com exclusividade com Ignacio Estanga, vice-presidente de parcerias LATAM da Twitch, sobre a plataforma e a comunidade brasileira e latina, durante a TwitchCon, realizada entre 20 e 22 de setembro.
“Eles estão monetizando muito bem, e eles estão se divertindo. Cada um deles descobriu uma parte do sistema, TCK10 é tudo sobre subs. Você tem o Hayashii que é tem uma comunidade engajada com subs tier 3. Você tem Bisteconee que é ótimo usando bits”, enumerou Estanga.
“Quando você olha para uma stream do Gaules, ou do TCK10, streamers que vão desde o menor até o maior de todos, as audiências os amam, eles estão muito conectados. E esse nível de conexão é algo muito único que eu acho que os brasileiros têm com suas audiências, e eles estão sempre tentando entender o negócio, eles são os streamers mais criativos que nós temos”, também acrescentou o executivo sobre os criadores brasileiros.
Estanga já participou de dez edições do evento. Mas, para ele, o evento ainda mantém as raízes de sua edição original. “Ainda é sobre a comunidade e as pessoas que querem se conectar com outros streamers, com suas comunidades. Mas há muitas coisas novas que eu não acreditaria há alguns anos atrás. Nós temos uma área de música, onde nossos DJs estão produzindo belos trabalhos. Nós temos pessoas vendendo suas mercadorias também. Então cresceu muito, e eu vejo que está realmente crescendo a indústria ao redor do que é streaming e criação de conteúdo também”, ressalta Ele finaliza apontando a nova diversidade de conteúdo: “Então agora não é como quando eu comecei, que a plataforma era focada em jogos. Agora é muito mais do que isso.”
Para ele, o formato também mudou bastante ao longo dos anos.
“Eu acho que no começo era o que a gente chamava de ‘sofá da internet’. De certa forma você estava lá vendo alguém jogar um jogo ou fazer alguma coisa e você realmente tentava ajudar, seja no jogo, seja em algum momento da vida deles. Mas hoje em dia é mais um companheiro. Eu sinto que a Twitch tem essa coisa ótima, quando eu estou trabalhando em algo, eu tenho a Twitch. Eu interajo, faço umas perguntas, como que o streamer está indo e depois eu volto ao que estava fazendo. Então realmente ajuda as pessoas ao longo do dia”, pondera.