Agora… O que é fundamental em um bom Resident Evil? Muitos diriam que é preciso ser mais do que um bom game. Tem de ser também um bom survival horror, com bom level design, bons quebra-cabeças e um bom esquema de gerenciamento de itens.
Provavelmente, nenhum outro jogo da franquia faz tudo isso tão bem quanto o remake do primeiro Resident Evil.
Esse foi um jogo feito em apenas um ano e a menos de uma década após o lançamento do original, em uma tentativa de migrar a série do PlayStation para o GameCube. O remake era para ter sido apenas uma remasterização com os mesmos cenários feitos de imagens pré-renderizadas de altíssima qualidade e modelos de personagens muito detalhados, mas sem alterações no conteúdo da campanha ou na jogabilidade.
Pouco tempo antes do lançamento, a equipe de desenvolvimento resolveu que seria melhor surpreender os jogadores mudando itens e ameaças de lugar, ajustando mecânicas e inserindo mais história. Por isso o remake tem controles mais responsivos e algumas adições mecânicas das sequências, como o giro rápido e o subir de escadas livre de Resident Evil 3.
Foram ainda adicionados itens de defesa consumíveis, os terríveis zumbis crimson heads, novas áreas, novos quebra-cabeças e a história da Lisa Trevor. Esse jogo envelheceu muito bem e a única coisa que poderíamos mudar nele já foi resolvida pela versão HD de 2015: a opção de trocar a movimentação de tanque para controles de movimento atuais.
Resident Evil Remake é um clássico eterno que preserva de um jeito infalível o que torna a franquia especial e, por isso, está em primeiro lugar.