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Preview: Não entendi o apelo de Rainbow Six Extraction

Depois de muito pensar a respeito, essa é minha única conclusão

Por Diego Lima 10.01.2022 19H25

Pense em todos os jogos que você conhece nos quais grupos de personagens armados enfrentam ameaças controladas pelo computador. A lista, provavelmente, não é curta — e Rainbow Six Extraction, da Ubisoft, se encaixa perfeitamente.

A ideia do game é simples: grupos de até três jogadores são colocados em mapas com três objetivos aleatórios alterados a cada partida. Para cada missão, jogadores podem escolher um dentre 13 operadores únicos com habilidades especiais próprias e equipamentos que podemos comprar antes de começar a jogar (com moeda do próprio jogo, no caso).

Os personagens que caem e não conseguem ser extraídos (pegou a referência?) das fases deixam de ser jogáveis até que os resgatemos. Seja com um, dois ou três operadores, jogadores podem sempre optar entre ir até o final dos três objetivos para conseguir as melhores recompensas ou sair e evitar a perda de personagens aos quais já se adaptaram.

Confesso que, como um jogador não tão apaixonado pelo gênero tiro (seja em primeira ou terceira pessoa), o jogo não chegou a me despertar tanto interesse antes de jogar. Contudo, ao contrário do que aconteceu em outros casos semelhantes, continuei desinteressado mesmo após passar horas no universo de Rainbow Six Extraction — que, caso você não saiba, é em primeira pessoa.

Simplesmente, não consegui entender o apelo. Os monstros que enfrentamos são excessivamente genéricos, as habilidades dos operadores são nitidamente desequilibradas (com alguns sendo muito mais úteis do que os outros) e as fases não possuem charme algum. São apenas ambientes genéricos fechados que já vimos em mil jogos mais antigos.

É fato que, conforme mais horas de jogatina são investidas nas partidas, a usabilidade de diferentes técnicas ganha mais nuances e, portanto, novas estratégias se tornam viáveis. Ainda assim, passar 10 minutos aprendendo a usar um operador apenas para passar mais horas sem poder escolhê-lo foi, no mínimo, frustrante. Bom, é a proposta do jogo. Se você aprecia esse conceito, não será um problema, com certeza.

Quando falamos nos objetivos aleatórios, que muitas pessoas podem dizer valer a pena pelo fato de que torna cada partida "imprevisível", não demora muito até que você decore todas as variações existentes. Ou, pelo menos, foi o caso na demo a que tive acesso. A partir do momento em que o fator "surpresa" deixa de existir, o que começa é o mais absoluto tédio.

Pelo menos ver os resultados do trabalho em equipe compensa. A constante necessidade de coordenação entre os jogadores, desde o momento de comprar os equipamentos, assim como a disposição para ajudar sempre que vemos um aliado em apuros, traz um espírito de time muito bem-vindo, mas está longe de ser o bastante para convencer alguém a seguir por dezenas de horas competindo.

Talvez exista algo de especial em Rainbow Six Extraction e eu apenas não enxergue. De qualquer forma, ter muitas opções de estilo de jogo é pouco relevante quando estamos inseridos em uma realidade tão visualmente batida enfrentando monstros nada memoráveis e cumprindo objetivos não tão variados assim.

Rainbow Six Extraction será lançado em 20 de janeiro para PS5, Xbox Series, PS4, Xbox One e PC. O jogo estará disponível no Xbox Game Pass a partir do dia de lançamento.