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Preview: Unknown 9: Awakening não aproveita boa construção de universo

Game protagonizado por Anya Chalotra tem atmosfera interessante, mas gameplay rasa

Por Breno Deolindo 23.09.2024 11H24

No Play Days do Summer Game Fest 2024, Unknown 9: Awakening me despertou bastante interesse ao assistir uma apresentação sobre seu universo e o projeto multimídia para enriquecê-lo. Quando os desenvolvedores mostraram gameplay, entretanto, era nítido que havia algo faltando. Depois de testar o jogo com as próprias mãos, a convite da Bandai Namco, as suspeitas estão mais que confirmadas.

Awakening é parte das várias obras de Unknown 9 que estão sendo preparadas. Todas giram em torno da mitologia de seres quase divinos que detém todo o conhecimento do mundo. Claro, há organizações que disputam uma corrida para ter acesso a essa sabedoria: uma, chamada de Leap Year Society, planeja usá-lo para o bem da humanidade, enquanto a outra, os Ascendants, quer tê-lo para seu próprio bem.

No jogo, a protagonista Haroona, interpretada por Anya Chalotra (The Witcher) se vê em meio a esse conflito. Ela tem poderes especiais de interagir com a Dobra, universo paralelo que se sobrepõe ao nosso. Entre suas habilidades também está a possessão, aqui chamada de Stepping, permitindo ter controle de seus inimigos por alguns segundos.

Divulgação/Bandai Namco

O loop de gameplay é definido de forma bem simples pelos devs: usando poderes de furtividade, como ficar invisível, Haroona se aproxima dos inimigos e os possui para fazer com que briguem entre si. A ideia é até interessante, mas não se sustenta no início do jogo - que foi justamente a parte testada.

Haroona só possui uma orbe de possessão naquele momento da história, e é praticamente impossível derrotar todos os inimigos só com isso, obrigando o jogador a partir para um combate frustrante. Enquanto a protagonista usa as próprias mãos, os inimigos têm armas de fogo em seu arsenal.

Não que o combate seja particularmente difícil por conta disso, ele só não é engajante. Os golpes de Haroona são bem repetitivos e não entregam a mesma diversão de controlar um inimigo. Quando o orbe de possessão finalmente recarrega, há mais um pouco de diversão, mas não compensa a luta corpo-a-corpo.

Durante o teste, também ficou a questão da performance técnica. Não tivemos acesso às configurações dos PCs que estávamos usando, mas o game não estava bonito. Quedas de FPS, texturas lisas e objetos serrilhado eram notáveis - e esse tipo de teste deveria ser o momento de jogar o game no ambiente mais ideal possível.

Divulgação/Bandai Namco

Como a gameplay foi curta, não pude sentir se a história é suficiente para sustentar o loop problemático, ou até se fortalecer Haroona pode deixar as coisas mais interessantes.

Existe um mundo em que Awakening convence pelo seu universo expandido. A equipe está trabalhando em livro, quadrinhos e podcast ambientados na mesma realidade, e o projeto tem bastante charme, mas só saberemos no lançamento do jogo, em outubro, se isso será suficiente.

Unknown 9: Awakening chega em 17 de outubro para PlayStation 4 e 5, Xbox One e Series X|S, e PC.