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Riot Games demite 530 funcionários e reduz escopo de projetos

Iniciativa Riot Forge, com jogos do universo de LoL feito por outros estúdios, é cancelado

Por Victor Ferreira 23.01.2024 10H51

A Riot Games é a mais nova empresa do setor de games a realizar uma demissão em massa, cortando 11% do seu quadro de funcionários, ou 530 pessoas, ao redor do mundo.

Além das centenas de demissões, a empresa vai reduzir o escopo de projetos como Legends of Runeterra e encerrar a iniciativa Riot Forge, que trazia jogos singleplayer de League of Legends. Outros, como o jogo de luta Project L, seguem em produção.

"Isso não é para acalmar acionistas ou para atingir números de receita trimestrais – isso é uma necessidade", diz um comunicado ao público creditado ao CEO Dylan Jadeja e ao presidente Marc Merrill. "Nos últimos anos, enquanto a Riot mais do que dobrou seu quadro de funcionários, nos espalhamos nossos esforços para mais e mais projetos sem lâminas afiadas o suficiente para decidir o que jogadores mais precisavam."

A mensagem diz que a empresa deve focar em seus principais jogos – LoL, VALORANT, Teamfight Tactics, and Wild Rift –, prometendo modos, eventos e novidades especiais para o futuro.

Outras vertentes da companhia, incluindo a divisão de esports e entretenimento, também devem passar a ser mais integradas com a área de games, para uma sinergia maior entre campeonatos, números musicais como K/DA e adaptações como Arcane.

Em uma mensagem para os funcionários da Riot, republicada para o público posteriormente, Jadeja declarou que:

"Hoje, somos uma companhia sem foco suficiente, e resumindo, temos muitas coisas sendo feitas. Alguns dos investimentos significativos que fizemos não estão tendo retorno do jeito que esperávamos. Os custos cresceram ao ponto de ficarem insustentáveis, e nos deixaram sem espaço para experimentação ou fracasso – o que é vital para uma empresa criativa como a nossa"

A redução do escopo de Legends of Runeterra, de acordo com a Riot, deve-se a "desafios financeiros significativos desde o lançamento", e por isso a equipe será reduzida e o foco mudado para o modo roguelike Path of Champions. Mais detalhes devem ser divulgados nas próximas semanas.

Já a Riot Forge, anunciada na CCXP19, vai ser encerrada após o lançamento de Bandle Tale: Uma História de League of Legends.

"Forge foi um experimento para ver o que aconteceria quando Rioters fizessem parceria com seus desenvolvedores indies favoritos e soltá-los em Runeterra com seus pontos de vista, estilos e expertise únicos", diz o comunicado ao público. "Nos orgulhamos do que fizemos juntos para trazer essas histórias para o mundo, mas é hora de refocar nossos esforços nos projetos ambiciosos dentro da Riot."

Além de Bandle Tale, a Riot Forge trouxe jogos como Song of Nunu, Conv/rgence e The Mageseeker.

Como um pacote de demissão, funcionários da Riot devem receber seis meses de salário mais bônus, plano de saúde estendido, apoio na procura de outros empregos, computadores pessoais e acesso prolongado a seus emails de trabalho.

Esta é a última de uma onda de demissões em massa que chega em seu segundo ano na indústria de games e tecnologia, afetando empresas como Microsoft, Sony, Apple, Amazon, Epic Games, e levando ao fechamento de diversos estúdios e divisões, particularmente em empresas como o Embracer Group.

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