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Review: Nobody Wants to Die é quase um simulador de Blade Runner no PC

Jogo se esforça para manter a temática noir futurista e consegue bons resultados

Por Felipe Vinha 08.08.2024 15H32

Nobody Wants to Die é um jogo que saiu de forma tímida nos últimos dias. Nascido no final de julho, o título é uma produção do estúdio Critical Hit Games, publicado pela Plaion. Aqui encontramos uma aventura futurista e de tons noir. De longe, lembra o filme Blade Runner e suas cópias que vieram depois - e de perto lembra aidna mais um pouquinho, na verdade.

Disponível também no PS5, Xbox Series S e Xbox Series X, Nobody Wants to Die foi lançado igualmente no PC, via Steam. Foi a versão que testamos. Nem tão bem otimizada e também apresentando problemas para rodar com satisfação no Steam Deck. Ainda assim, uma experiência que surpreende de forma visual e na ambientação, para quem tem um aparelho compatível e que aguenta bem o tranco.

Nobody Wants to Die começa da exata mesma forma que a maioria dos jogos e narrativas neste estilo. Você é James, um detetive com passado obscuro que lida com um novo caso impossível. É preciso lidar com a investigação e contar com as ferramentas ao seu redor, sejam elas outras pessoas ou máquinas.

O game tem jogabilidade bastante "indireta". Ele oferece segmentos onde podemos movimentar James pelo cenário, mas sempre de forma limitada e em cenários bastante confinados. Isso não é necessariamente ruim, pois está dentro da proposta do jogo. Na maior parte do tempo você lidará com menus, opções na tela e, principalmente, quebra-cabeças a serem resolvidos.

Porém, Nobody Wants to Die é fácil. Ele te pega pela mão muitas vezes, então é bem fácil. Se você busca desafio, pode sair com algum nível de frustração. O jogo talvez faça isso para se focar no que lhe interessa, que é a narrativa em si, então há um escopo e um objetivo em ser voltado para jogadores que não buscam tanto a dificuldade.

Ainda assim, a aventura se esforça em oferecer um pacote completo em sua ambientação. Ele é uma mescla de Cyberpunk 2077 com LA Noire, mas no ambiente futurista. Pessoas que curtem cinema traçarão muitas semelhanças com Blade Runner, que segue o mesmo aspecto "retro-futurista" da coisa. Tirando a parte de androides que se disfarçam como humanos como plot central, Nobody Wants to Die é praticamente um "simulador de Blade Runner", em aspectos técnicos, personagens e de ambiente.

Mas, apesar dos problemas de balancemanto com dificuldade, Nobody Wants to Die é uma experiência simples e agradável. O jogo é bem curto, durando em média entre 4 e horas no total. Além de ser focado em narrativa, não conta com muitos extras. Por um lado isso é legal, mas também tem o detalhe do preço: custa mais de R$ 100 na maioria das plataformas. Podia ser também um pouco mais econômico, para incentivar aqueles que buscam uma aventura sci-fi retrô, mas com um pouco mais de recheio.

No fim, Nobody Wants to Die pode agradar, vai encontrar seu público. É um bom jogo, que diverte entusiastas do gênero e vai surpreender pela qualidade gráfica acima da média, ainda que não seja tão bem otimizado assim.

Nota do crítico