COD: Warzone precisa de um novo mapa e Verdansk ‘84 é só o começo
Mudanças em Call of Duty são bem vindas, mas serão o bastante?
Os jogadores de Call of Duty: Warzone viram o mapa original do game ser destruído por uma bomba atômica na semana passada e receberam em seu lugar uma versão “anos 80” do mesmo mapa, com várias mudanças e muitas mãos de tinta nos mesmos prédios de sempre. Tudo o que era velho, agora é novo.
Com o mapa chamado Verdansk ‘84, o jogo ganha ares de flashback e se encaixa na trama de Black Ops Cold War, o Call of Duty da vez. A trama de conspiração internacional e guerra fria já deixou suas marcas na nova arena: é possível ver no horizonte o cogumelo de fumaça da explosão da base no monte Yamantau - um dos novos mapas de Cold War - e o evento Hunt for Adler, que marcou os primeiros dias da temporada 3.
A Raven Software teve algumas boas decisões nestes primeiros dias, desde os vários patchs de correção e nerfs em armas para tornar o jogo mais equilibrado para todos, até a forma como o evento da caçada foi conduzido: os jogadores precisavam cumprir três dos seis “contratos” disponíveis, 3 em Warzone e 3 no multiplayer de Cold War, para descobrir o paradeiro de Russell Adler, um importante personagem da franquia Black Ops, e ganhar itens cosméticos no processo. Completar as três missões rendia uma skin nova de Adler.
Só de não ter obrigado o jogador a completar todas as seis missões e permitir que quem joga apenas Warzone (que é gratuito) e não Black Ops Cold War, pudesse cumprir os requisitos para ganhar o personagem, o evento já foi um sucesso.
Novas (e velhas) paisagens
Verdansk ‘84 trouxe algumas poucas novas áreas para o mapa do battle royale e elas são as melhores coisas sobre a temporada 3 até agora. O estádio agora é praticamente um enorme canteiro de obras a céu aberto, propício tanto para atiradores sniper quanto para trocas de tiros mais próximas, resultando em tiroteios disputados e empolgantes.
A fábrica de aviões, outra área nova e mais aberta do mapa, também serve de palco para batalhas curtas e exige bastante trabalho em equipe (e uma dose saudável de paranóia) na hora de se deslocar pelos gramados entre seus galpões. A pedreira deu lugar às minas de sal, que trazem alguns dos visuais mais bonitos do jogo, quando as balas voando atingem as poças avermelhadas de sal. É quase poético, de um jeito violento, e talvez seja preciso melhorar a pontaria.
Há também muito reaproveitamento de mapas multiplayer clássicos - o que é bom e ruim, dependendo do caso.
A represa ainda não existe nos anos 1980 e em seu lugar, há o Summit, uma grande instalação militar que é, bem, o mapa Summit do primeiro Call of Duty: Black Ops. Este é um dos casos em que a reciclagem resultou em algo bacana. As torres dessa área são cruzadas por vários teleféricos e lá embaixo, há um vale que serve de esconderijo para emboscadas ousadas - ou de cemitério para jogadores desatentos.
Já o mapa Standoff, um dos favoritos dos jogadores de Black Ops 2, foi inteiramente recriado na zona rural em um dos cantos do mapa, perto de onde ficava a primeira Gulag. Até aí tudo bem, mas a nova Gulag é, bem, outra recriação de Standoff, ou de parte do mapa, pois muito desse campo de treino está coberto por tapumes e deve ser revelado em novos layouts ao longo da temporada. É até estranho chamar esse lugar de Gulag, pois nem é uma prisão soviética como a original.
Expectativas muito altas
A destruição de Verdansk com um bombardeio nuclear foi algo que a Activision promoveu durante meses, criando uma expectativa muito alta na comunidade. Os jogadores esperavam que o mapa original fosse reduzido à cinzas, mas também esperava receber algo realmente novo em seguida.
A comparação mais óbvia era o evento do buraco negro de Fortnite, que também destrui o mapa original do jogo e preparou a chegada de Fortnite Capítulo 2. Porém, naquele jogo, ao emergir do buraco negro, os jogadores encontraram um game novo, com mais formas de interação e exploração, visual aprimorado e mudanças mecânicas importantes.
Perto daquilo, o novo Warzone é só um mapa remanejado, com algumas áreas novas e uma pintura diferente, mas em que as mesmas táticas de sempre funcionam na hora do vamos ver. Não é um jogo ruim, porque seus fundamentos são sólidos e nada foi feito para piorar a experiência que conquistou 100 milhões de jogadores desde seu lançamento, pouco mais de um ano atrás. Mas poderia ter sido muito mais.
A Infinity Ward diz já ter planos para vários anos de Warzone, então o que estamos experimentando agora pode ser realmente só o começo dessa jornada. Resta torcer para que os estúdios envolvidos, e a Activision, saibam preparar melhor as expectativas nas próximas grandes reviravoltas que virão. Se é que elas virão.
Gratuito para jogar, Call of Duty: Warzone está disponível para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X/S.