Nintendo indica potencial obstáculo para lançar Switch 2 no Brasil
Processo de certificação da Anatel poderia atrasar a chegada do console
Em termos oficiais, não sabemos de quase nada sobre o sucessor do Nintendo Switch — ou Switch 2, para os íntimos. Tudo que está oficializado é, basicamente, sua existência e anúncio iminente; para além disso, contamos apenas com vazamentos e especulações. Durante a BGS 2024, Romina Whitlock, diretora de marketing da Nintendo na América Latina, deu uma gotinha de informação sobre o novo aparelho.
A conversa circulou em torno dos esforços da empresa em torno do Brasil, com destaque para o lançamento oficial do Switch em 2020 no território nacional:
"Foi um dos piores anos da vida de todo mundo, mas um dos melhores para nós, porque finalmente conseguimos lançar nosso produto aqui. Antes, tivemos algumas movimentações menores. Nós estávamos na BGS, mas não nesse formato; tínhamos entrevistas e cartões digitais, mas não trazíamos hardware ou software nesses eventos", disse Whitlock ao The Enemy.
Ela prossegue dizendo que a empresa teve um início lento proposital, para que conseguisse acompanhar o crescimento. Assim, a família completa do Switch acabou chegando por aqui, juntamente com jogos físicos, que já passam dos 30, e a localização dos games, que atingiu a primeira dezena recentemente.
Por isso, cria-se uma expectativa de que os próximos games da empresa já cheguem em português brasileiro, mas Whitlock ainda não garante nada além do que já está prometido — Super Mario Party: Jamboree, Mario & Luigi: Brothership e Fitness Boxing 3.
"É totalmente justo ter essa expectativa de mais e mais localizações. Se você olhar para a tendência e fazer um gráfico, é uma ótima tendência, está na crescente. Mais e mais jogos estão sendo localizados para português brasileiro", disse Romina.
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Em seguida, falando sobre possíveis próximos passos, o assunto do Switch 2 vem à tona. Afinal, ter um lançamento simultâneo no Brasil seria ótimo e mostraria de vez o crescimento da Nintendo no país. Claro, Whitlock também não pode garantir isso, mas apontou um potencial obstáculo para que o console chegue por aqui no mesmo momento que em outros mercados:
"Toda vez que lançamos um produto, seria bom lançá-lo globalmente, certo? Não sei o que vai acontecer com o sucessor do Switch, mas sei que temos alguns processos e restrições. O processo de certificação no Brasil, por exemplo, é um pouco mais longo. Mas quem sabe? Talvez eles consigam, porque às vezes alguns jogos chegam simultaneamente aqui", explicou, fazendo menção ao processo de homologação da Anatel — que às vezes até vaza uma ou outra informação sobre aparelhos novos.
Romina deixa claro que há outros pontos de expansão para Nintendo, e o foco é que os games sejam cada vez mais acessíveis para o público brasileiro:
"Temos uma parte bem pequena da nossa coleção, somente 32 jogos, disponíveis fisicamente. Temos a eShop para todos, mas ainda estamos trabalhando em opções de pagamento; boleto é bem grande por aqui, mas quais são as outras coisas que podemos fazer para as pessoas terem acesso aos jogos? [...] Temos que aumentar nossos públicos, e parte disso é localização. Queremos crianças jogando nossos jogos também. Queremos que eles entendam tudo, e que pais, tios e avós possam dividir a experiência com todas as gerações. Acho que há muito que podemos fazer, esse é só o começo", esclareceu.
Por fim, mencionamos rapidamente o Nintendo Alarmo, simpático despertador anunciado pela empresa no dia de nossa conversa. Para aqueles que esperam um lançamento no Brasil, a própria Romina afirmou que mal sabia sobre o anúncio do aparelho:
"Sei que várias pessoas acham que sabemos de tudo, mas muitas vezes eu assisto aos Nintendo Directs e também descubro alguns anúncios na hora. Eu sei de algumas coisas, mas não todas. Sobre o Alarmo, eu sei o mesmo que você sabe", brincou.