Mundial de Pokémon transforma Yokohama em 'Vila Olímpica do Pikachu'

Pikachu retorna ao lar em primeiro Mundial realizado no Japão

Por Pedro Henrique Lutti Lippe 12.08.2023 13H00

Pela primeira vez realizado na terra natal do Pikachu, o Mundial de Pokémon transformou a cidade de Yokohama, nas redondezas de Tóquio, em uma celebração da franquia de monstrinhos.

Mesmo girando em torno de competições disputadas pelos melhores jogadores do mundo em quatro modalidades - VGC, TCG, GO e Unite -, o evento visa contemplar mais do que apenas treinadores Pokémon. Fãs casuais de Pikachu e companhia, bem como meros transeuntes acabam envolvidos pela atmosfera do Worlds simplesmente por existirem em Yokohama.

É tarefa difícil andar pela cidade sem avistar algo de Pokémon, especialmente na região de Minatomirai, onde as competições acontecem.

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Lojas temporárias estão por todos os lados - em shopping centers, estações de metrô, e até mesmo a céu aberto. Enormes Pikachus e Exeggutors de Alola infláveis decoram o horizonte - tem até mesmo uma bóia gigante do Lapras no mar. Uma roda gigante ilumina a noite nas cores de uma Pokébola.

Grafites de Gengar, Snorlax e muitos outros em lugares aparentemente aleatórios criam filas de interessados em tirar fotos ao lado dos monstrinhos, enquanto as ilustrações mais memoráveis dos cards são expostas em instalações à la museu de arte. Até mesmo as estações de metrô ganham ícones que remetem ao evento ao lado do nome de cada parada próxima aos locais relevantes.

A sensação de explorar Yokohama em agosto de 2023 é similar àquela que cariocas sentiram em 2016 durante a Olimpíada no Rio - uma de que o mero ato de estar na cidade significa que você faz parte do evento. É algo sem precedentes para um evento de videogame.

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Além das atrações espalhadas pela cidade, vários pequenos eventos paralelos regados a brindes (como os chapéus de Pikachu que todos parecem usar por aqui) marcaram a invasão dos Pokémon a teatros, parques de diversão e até mesmo um navio ancorado.

Alguns destes eventos cobram que participantes em potencial sejam sorteados antes de terem a oportunidade de comprar ingressos, e incluem coisas como uma apresentação de orquestra com músicas dos jogos, uma exibição de estreia de um novo curta animado da série focado no TCG, e um número musical high-tech com dançarinos vestidos como Pikachu, Lucario e companhia.

Não é difícil perceber que, naturalmente, tudo isso gira em torno da venda de bonequinhos, cartas, jogos e tudo mais - apostando, inclusive, na escassez artificial com centenas de produtos temáticos do Worlds 2023 que nunca mais voltarão a serem coemrcializados.

Mas ver tantas crianças andando pela cidade vestindo camisetas do Sprigatito e outros me faz lembrar da alegria e do fascínio que um evento de Pokémon pífio em comparação, lá no Parque do Gugu em 2001, me trouxe quando eu era a criança.

Acho que quem passa por uma experiência como o Worlds 2023 na infância nunca mais parará de jogar Pokémon. E creio que isso é parte do objetivo.


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