Review: The House of the Dead: Remake
Remake do clássico de arcade de 1997 deixa muito a desejar
Eu não sou a maior fã de terror do mundo mas, dito isso, sou uma grande fã de clássicos. E, bom, quer algo mais clássico do que The House of the Dead?
Desenvolvido pelo MegaPixel Studio, o remake de The House of the Dead é uma versão super fiel ao jogo de arcade de 1997. Ele é um jogo de tiro frenético com uma história que — sendo bem sincera — você nem presta atenção ou sequer entende o que está acontecendo sem pesquisar por isso.
E tem história?
Bom, é claro. Os jogadores recebem uma ligação de Sophie, noiva do agente Thomas, informando que a mansão do Dr. Curien foi invadida por monstros mortos-vivos por causa de um experimento feito pelo médico louco que acabou dando errado. Agora, cabe a você derrotar as criaturas, parar o Dr. Curien e salvar Sophie.
Novidades
O remake do game se mantém fiel ao original, mas também adiciona algumas novas funcionalidades e recursos que podem acabar sendo bastante interessantes para algumas pessoas. Essas atualizações incluem gráficos aprimorados, conquistas, novos personagens, modo horda e diferentes opções de controle, incluindo controle de giroscópio. E você pode usar seu Joy-Con ou Pro Controller como uma arma!
Por conta dessas novidades, os controles de The House of the Dead: Remake acabam sendo um pouco mais acessíveis para qualquer jogador. Como padrão do jogo — que é um shooter fps sobre trilhos —, você não precisa se preocupar em mover seu personagem, apenas em atirar em zumbis.
São, basicamente, dois controles consistentes para aprender: atirar e recarregar. Como eu joguei no modo portátil, não tive a chance de experimentar usar meus joy-cons ou pro controller como arma, mas imagino que seja uma experiência bem divertida.
O botão A atira e o botão B recarrega. E é isso: atirar, recarregar, atirar, recarregar. Existe a opção de ativar um recarregamento automático também, além do tempo que leva para recarregar.
A pior parte é que o cara gritando “reload” o tempo INTEIRO não vai sair. Você não pode calar a boca dele a não ser que diminua o volume inteiro do jogo. Foi uma experiência engraçada jogar esse jogo sendo uma pessoa neuro divergente que se distrai muito facilmente com qualquer coisa.
Então, enquanto eu jogava e tentava atirar em todos os zumbis que vinham para cima de mim com uma adrenalina absurda, o cara gritando “reload” ficava martelando na minha cabeça e eu ficava muito ansiosa para recarregar e atirar o mais rapidamente possível. O recurso de recarregamento automático salva vidas, galera.
Modos de Jogo e Jogabilidade
Além do clássico Modo História, outro modo de jogo também foi adicionado ao remake, o Modo Horda. A diferença entre os dois, basicamente, é a quantidade de inimigos que pulam na sua tela.
Enquanto no Modo História é possível, inclusive, escolher diferentes tipos de dificuldade e, mesmo nas mais altas, o número de monstros ainda assim é menor, no Modo Horda os inimigos multiplicam em 15x e tudo torna-se (ainda mais) extremamente caótico, além dos inimigos serem mais fortes, é claro.
A jogabilidade segue basicamente a mesma do arcade original, com a diferença do console e a opção de usar o giroscópio, mas o sistema de mira é absurdamente inconsistente no modo portátil do Switch, o que me deixou muito irritada, considerando que eu já sou horrível em jogos de tiro.
Além disso, eles também adicionaram um novo sistema de pontuações que oferece multiplicadores para fazer coisas específicas como acertar um headshot em um zumbi, salvar todos os cientistas entre outras coisas.
Pontos Negativos
Infelizmente, The House of the Dead: Remake tem diversos pontos negativos.
Algo que me incomodou muito, pessoalmente, foi o hub horrível do jogo, com letras que não ajudam nada uma míope lendo e cores escuras que incomodam meus olhos. Sei que é algo que vem do arcade original, mas me incomodou bastante. (Eu sou uma pessoa que não usa nenhuma rede em modo escuro, sim.)
Considerando a parte dos controles, eles são piores inimigos do que os zumbis. É sério. Pra mim, que já sou péssima, os controles deixaram tudo ainda pior.
A mira inconsistente me incomodou bastante durante minhas gameplays porque, assim como a parte dos controles, para uma pessoa que já é ruim em jogos de tiro naturalmente, as coisas tendem a ficar piores. A mira é muito sensível.
Também rolaram alguns problemas de desempenho gráficos mas que, considerando os outros problemas, é honestamente o menor deles aqui. Foram pouquíssimas vezes, mas ainda assim aconteceram algumas travadas nas telas.
O tempo aguardado nas telas de loading é surreal de demorado. Considerando outros jogos e mesmo remakes de outros jogos antigos e clássicos, para sermos justos, as telas demoram cerca de 35 segundos para carregar por completo.
Conclusão
Infelizmente não foi um jogo que me agradou muito, mesmo com a adrenalina gostosa de um atirador em trilhos de arcade, mas sinto que poderiam ter feito muito mais por esse jogo que é notavelmente um clássico.
Ele vai agradar os fãs antigos do game original, mesmo com alguns probleminhas. Mas não passa disso e não me parece muito convidativo para o jogador novo.