Review: Clubhouse Games: 51 Worldwide Classics
Perfeita para multilpayer local, coletânea traz dezenas de jogos divertidos, incluindo cartas, tabuleiro e outras surpresas
Em meio aos sempre cobiçados jogos exclusivos feitos pela Nintendo para Switch chama atenção na biblioteca do videogame a coletânea Clubhouse Games: 51 Worldwide Games.
O título é uma coleção com diversos jogos clássicos de carta, tabuleiro e algumas recriações virtuais de brinquedos e até atividades como boliche e pescaria.
De fato, 51 Worldwide Classics é novo episódio de Clubhouse Games, franquia que nasceu no bom e velho portátil Nintendo DS lá longe, em 2005, já com diversos games de cartas e tabuleiro, totalizando 42 atividades.
Esta edição de Switch, além de ter um catálogo maior de opções também traz gráficos caprichados e um nível de qualidade geral empolgante. Não se trata apenas de uma simples coleção, há também um cuidado em apresentar as regras de cada jogo, incluindo ferramentas de auxílio nas atividades mais complicadas.
Cada jogo conta com uma introdução narrada por alguns personagens, geralmente em diálogos cheios de piadinhas. Ao jogar sozinho, o game apresenta também coleções personalizadas temáticas, com jogos de lugares ou regras específicas.
Pessoalmente, gosto muito de uma coleção que é disponibilizada logo cedo e compila jogos que fizeram parte da história da Nintendo quando ainda era apenas fabricante de brinquedos e baralhos - finalmente consegui aprender como se joga hanafuda!
Em multiplayer, a coleção brilha mais em alguns aspectos, mas também mostra muito de suas limitações. Jogar em duas pessoas no mesmo console é uma das configurações ideais, já que possibilita jogar a maior parte dos títulos da coleção no mesmo Switch, seja pela tela de toque ou com controles.
Em três ou quatro jogadores a seleção fica ainda mais limitada e isso acaba se aplicando de forma desanimadora no online também. Pela internet é possível jogar tanto com amigos ou contra desconhecidos.
Nos meus testes tive resultados variados: algumas partidas rolaram com tranquilidade, enquanto em outros momentos foi recorrente ter pessoas caindo (e sendo substituídas pela CPU, algo que só acontece quando se está jogando contra desconhecidos) ou até a minha conexão caindo mesmo que a minha internet não estivesse com qualquer problema. Em linhas gerais, até que o multiplayer online funciona, mas a experiência em multiplayer local ainda é muito melhor.
Embalando muito bem essa experiência toda estão os gráficos do jogo, que reproduzem de forma realista os tabuleiros, pecinhas e cartas de baralho das várias atividades. Mesmo na pescaria e nas recriações tridimensionais de brinquedos, como autorama e um curioso pebolim de plástico, o visual é muito bonito e fotorrealista.
Como principal surpresa e 'carta na manga' o 51 Worldwide Classic permite em alguns minigames usar vários consoles Switch para aumentar o campo de jogo, como na pescaria, batalha de tanques e no piano. Uma função certamente curiosa e impressionante, mas que exige dois ou mais Switch no mesmo lugar. Aliás, falando em truques, o título permite também jogar quatro minigames em multiplayer local com apenas uma cópia do game usando o aplicativo Guest Pass, que pode ser baixado gratuitamente.
O pacote todo é muito legal, tem uma apresentação visual muito agradável e, mesmo com as diversas limitações de multiplayer local e online, ainda é excelente opção para partidas descontraídas com amigos, sem tanto frenesi quanto um Mario Party, por exemplo. Para quem tem curiosidade pelo lado mais histórico de jogos tradicionais pelo mundo, é uma coletânea com toques de enciclopédia que pode empolgar mais.
A principal barreira para muitas pessoas vai mesmo acabar sendo o preço. Mesmo que seja um pouco mais barato do que outros títulos first-party da Nintendo - 51 Worldwide Games saiu por R$ 167,19 contra R$ 250,79 de outros exclusivos da empresa - ainda pode ser um valor salgado para muitas pessoas. Talvez acabe sendo boa opção para ficar de olho quando entrar em promoção.