Final Fantasy VII Crisis Core
Game para PSP muda estilo da franquia e ganha apelo entre novatos da série
Final Fantasy VII Crisis Core
Final Fantasy VII Crisis Core
Final Fantasy VII Crisis Core
Final Fantasy VII Crisis Core
Para este artigo, o Omelete jogou aproximadamente 3,5 horas do game, um RPG de ação que leva ao PSP um novo ponto de vista do sétimo episódio da popularíssima franquia, lançado originalmente para o Playstation original em 2004. Se não deu pra ter uma visão completa da trama e das missões, ao menos pudemos experimentar de maneira geral o game.
O jogador comanda na aventura Zack Fair, um soldado a serviço da corporação Shinra, que detém, além do monopólio sobre a energia do planeta, o controle de uma equipe de soldados de elite. Os clássicos Sephirot e a pequena Aerith também têm papel de destaque.
A série é conhecidíssima pela sua mitologia intrincada, detalhada até aqui em 11 capítulos e vários derivados, passando por todas as gerações de consoles desde o primeiro Nintendo, em 1987, além de animações e outros meios. Tentar compreendê-la toda não é fácil, mas os mais recentes episódios têm sido bem-sucedidos em apresentar a história de maneira palatável, explorando pequenos trechos de um todo riquíssimo. O fã especializado ganha detalhamento, enquanto o novato tem a oportunidade de embarcar nesse universo. Com Crisis Core não é diferente.
Quanto ao visual, é quase desnecessário mencioná-lo. É um game de Final Fantasy, afinal - e as belas seqüências narrativas e apresentações enchem a tela do PSP como poucos games o fizeram até aqui. O som é igualmente empolgante, com dublagens competentes (algo que sempre me atraiu nos capítulos mais novos da franquia) e bons efeitos.
Além do retorno a essa apreciada série, outro atrativo do jogo é o sistema de combate. Confesso que nunca fui muito fã do sistema por turnos que marca a franquia desde sempre - muito menos de ter que me preocupar com um sem-fim de personagens, armá-los, cuidar de seus atributos, etc. Mas em Crisis Core a Square Enix virou a mesa completamente.
Diferente do sistema de turnos, aqui os jogadores combatem em tempo real, empregando combos de ataque, defesa e aproveitando-se de upgrades temporários de poder. Com isso, o jogador deixa de ser um titeteiro de grupos e age como um guerreiro solitário. Tenho certeza que fãs da série devem torcer o nariz, mas ao menos para mim, funcionou muito melhor. Afinal, a estratégia não foi esquecida e parte da diversão é equilibrar seu personagem para as diversas ameaças. E elas surgem de todos os cantos, mas sem aquela velha necessidade dos RPGs de "matar 500 lobos pra subir um nível". Afinal, em Crisis Core a ação é estruturada em dois momentos distintos: As missões curtas (divididas por níveis de dificuldade e obviamente pensadas para melhorar atributos e equipamentos) e a trama jogável (com tarefas longas). Alterná-las sempre torna o game extremamente divertido e nunca enfadonho.
Novamente, não sei se isso agradará aos fãs mais antigos da série, mas tenho certeza que boa parte deles devem render-se à novidade, assim como os gamers que estão entrando agora no mundo de Final Fantasy.