Final Fantasy VII Crisis Core

Game para PSP muda estilo da franquia e ganha apelo entre novatos da série

Por Érico Borgo 26.05.2008 00H00
Acaba de chegar ao Brasil, pela distribuidora canadense Synergex

Final Fantasy VII Crisis Core

Final Fantasy VII Crisis Core

Final Fantasy VII Crisis Core

Final Fantasy VII Crisis Core

, Final Fantasy VII Crisis Core , novo game da franquia exclusivo para o Playstation Portátil .

Para este artigo, o Omelete jogou aproximadamente 3,5 horas do game, um RPG de ação que leva ao PSP um novo ponto de vista do sétimo episódio da popularíssima franquia, lançado originalmente para o Playstation original em 2004. Se não deu pra ter uma visão completa da trama e das missões, ao menos pudemos experimentar de maneira geral o game.

O jogador comanda na aventura Zack Fair, um soldado a serviço da corporação Shinra, que detém, além do monopólio sobre a energia do planeta, o controle de uma equipe de soldados de elite. Os clássicos Sephirot e a pequena Aerith também têm papel de destaque.

A série é conhecidíssima pela sua mitologia intrincada, detalhada até aqui em 11 capítulos e vários derivados, passando por todas as gerações de consoles desde o primeiro Nintendo, em 1987, além de animações e outros meios. Tentar compreendê-la toda não é fácil, mas os mais recentes episódios têm sido bem-sucedidos em apresentar a história de maneira palatável, explorando pequenos trechos de um todo riquíssimo. O fã especializado ganha detalhamento, enquanto o novato tem a oportunidade de embarcar nesse universo. Com Crisis Core não é diferente.

Quanto ao visual, é quase desnecessário mencioná-lo. É um game de Final Fantasy, afinal - e as belas seqüências narrativas e apresentações enchem a tela do PSP como poucos games o fizeram até aqui. O som é igualmente empolgante, com dublagens competentes (algo que sempre me atraiu nos capítulos mais novos da franquia) e bons efeitos.

Além do retorno a essa apreciada série, outro atrativo do jogo é o sistema de combate. Confesso que nunca fui muito fã do sistema por turnos que marca a franquia desde sempre - muito menos de ter que me preocupar com um sem-fim de personagens, armá-los, cuidar de seus atributos, etc. Mas em Crisis Core a Square Enix virou a mesa completamente.

Diferente do sistema de turnos, aqui os jogadores combatem em tempo real, empregando combos de ataque, defesa e aproveitando-se de upgrades temporários de poder. Com isso, o jogador deixa de ser um titeteiro de grupos e age como um guerreiro solitário. Tenho certeza que fãs da série devem torcer o nariz, mas ao menos para mim, funcionou muito melhor. Afinal, a estratégia não foi esquecida e parte da diversão é equilibrar seu personagem para as diversas ameaças. E elas surgem de todos os cantos, mas sem aquela velha necessidade dos RPGs de "matar 500 lobos pra subir um nível". Afinal, em Crisis Core a ação é estruturada em dois momentos distintos: As missões curtas (divididas por níveis de dificuldade e obviamente pensadas para melhorar atributos e equipamentos) e a trama jogável (com tarefas longas). Alterná-las sempre torna o game extremamente divertido e nunca enfadonho.

Novamente, não sei se isso agradará aos fãs mais antigos da série, mas tenho certeza que boa parte deles devem render-se à novidade, assim como os gamers que estão entrando agora no mundo de Final Fantasy.