BGS 2016: "Quisemos inovar com algo que ninguém nunca viu antes", diz produtor de Final Fantasy XV
Conversamos com Shinji Hashimoto sobre o novo título e o remake do VII durante a Brasil Game Show
Com estações de teste nos estandes do PlayStation e Xbox, a Brasil Game Show 2016 está ai para mostrar que Final Fantasy XV finalmente está vindo ai, apesar de um ocasional adiamento ou outro. Aproveitamos a oportunidade para entrevistar Shinji Hashimoto, diretor da franquia, produtor do novo título e executivo da Square Enix desde 1995.
Final Fantasy XV têm sido esperado por muitas pessoas - fãs, imprensa, críticos - como o retorno da saga a uma posição de vanguarda entre os RPGs japoneses. O que você acha que torna este jogo tão aguardado?
Quando você faz uma franquia como Final Fantasy por tantos anos, acaba criando algumas regras que caracterizam a série. Dessa vez, o diretor Hajime Tabata quis dar um passo para trás e inovar com algo que ninguém viu antes, o que foi refletido em muitos aspectos como o mundo aberto e o sistema de batalha. Acredito que todas essas coisas novas que estamos colocando no jogo está criando essa expectativa para Final Fantasy XV.
Final-Fantasy-XV
Você entrou na Square Enix na época da produção de Final Fantasy VII e ajudou a promover o jogo. Por anos você respondeu perguntas a respeito de um remake de Final Fantasy VII - até exaustivamente. Como é finalmente ver esse projeto sair do papel?
O remake de Final Fantasy VII é o próximo passo, hoje estamos focados no XV. De qualquer forma, acreditamos que o desenvolvimento tecnólogico visto no game seja algo muito interessante futuramente.
Para uma pessoa que nunca teve contato com a série Final Fantasy, qual é o ponto de partida ideal: esperar o novo ou retornar aos jogos anteriores?
Por mais que Final Fantasy tenha começado no um e hoje esteja no quinze, cada jogo funciona de forma independente: são novas histórias, personagens e universos. Então o jogador não precisa se preocupar com esse ponto, ficando a critério da escolha dele e do hardware disponível. Recomendo experimentar qualquer um dos jogos, inclusive o XV.
Por muitos anos falou-se no ocidente que a indústria de jogos japonesa estava acabada. Mas ela parece mais viva do que nunca, com nomes fortes como Final Fantasy, Dark Souls e Persona. Essa visão de decadência existia dentro da indústria de games japonesa ou foi algo que surgiu de fora?
Acredito que isso se deva a uma diferença nos pontos de vista. O Japão tem uma história de evolução dos videogames diferente do resto do mundo, mesmo se você ver os jogos disponíveis para smartphones por lá encontrará desde puzzles básicos à RPGs, por exemplo. As publishers japonesas não se focam apenas em um gênero específico, e sinto que a indústria segue crescendo. Essa questão de decadência se limita aos números de títulos que estão sendo lançados principalmente para consoles, mas de um ponto de vista mas amplo isso não é verdade.
A Square está investindo na marca Final Fantasy XV de uma forma que lembra o tratamento que Final Fantasy VII recebeu. Vocês esperam que o jogo dirigido por Tabata-san consiga um sucesso mainstream como FFVII?
Nosso jogo sempre é o que mais trabalhamos, colocando força para promove-lo e ser o melhor game o possível. Continuamos fazendo nosso trabalho como sempre e esperamos que o público curta Final Fantasy XV.
Final Fantasy XV chega ao PlayStation 4 e Xbox One em 29 de novembro. Já a Brasil Game Show acontece São Paulo Expo entre os dias 1 e 5 de setembro.