VALORANT: Atrito por renovação gera rescisão entre BD e lineup inclusiva
Organização não aceita exigência salarial das jogadoras e antecipa fim do vínculo
Mesmo após ter terminado no top 3 da Etapa 1 do Game Changers (GC) Brasil 2023 Series 1, a Black Dragons (BD) optou por dispensar a lineup inclusiva de VALORANT. No comunicado oficial divulgado nas redes sociais nesta segunda-feira (5), a organização justificou a decisão como uma “reestruturação interna que visa maximizar o potencial em outras modalidades e projetos futuro”.
O The Enemy, no entanto, teve acesso a detalhes exclusivos do caso e apurou que houve uma divergência entre as jogadoras e a equipe sobre a renovação contratual.
Conforme apurado por esta reportagem, a BD não aceitou o pedido de aumento salarial de bia, blu, luiza, lule e mizi depois da boa campanha delas na última edição do GC Brasil 2023. Sem entrar em um acordo, a organização optou por antecipar o fim do vínculo da equipe - que iria até julho deste ano.
A decisão de que haveria rescisão contratual entre as partes já estava tomada há cerca de um mês e meio. O anúncio só aconteceu agora por conta de detalhes contratuais e, inclusive, não foi bem recebido pela comunidade inclusiva de VALORANT.
Diversos torcedores(as) e personalidades do cenário criticaram a Black Dragons. A CEO e dona da organização, Cherrygumms, se pronunciou por meio das redes sociais. Ela deu mais detalhes da decisão e, em resposta a uma usuária, justificou que não poderia “dar um passo maior que a perna” - dando a entender que o motivo foi financeiro.
A Black Dragons divulgou nas redes sociais e enviou uma nota à imprensa sobre a situação. O The Enemy procurou a Black Dragons, mas a organização optou por manter o mesmo posicionamento a respeito do assunto (veja abaixo).
Confira na íntegra a nota da Black Dragons:
“Após uma cuidadosa avaliação estratégica, a Black Dragons comunica que não seguirá com o projeto feminino de Valorant. A decisão é parte de uma reestruturação interna que visa maximizar o potencial da organização em outras modalidades e projetos futuros. A Black Dragons reforça ainda que sua saída do cenário competitivo é apenas temporária, redirecionando seus esforços para explorar novas áreas e atividades, e ressalta que continua comprometida em investir e apoiar o crescimento dos eSports, adaptando-se constantemente ao cenário dinâmico e buscando oportunidades estratégicas.
Durante a trajetória no Valorant, a Black Dragons conquistou feitos notáveis, como participação em torneios de destaque, posição entre os três melhores times femininos do Brasil e demonstrações de habilidade e dedicação em todas as competições. A organização expressa sua gratidão às jogadoras Beatriz “Bia” Terra, Luiza “Lule” Martins, Luiza “Luiza” Meix, Mirella “Mizi” Silva e Victoriah “Blu” Ceniz pelo empenho e por toda representação exemplar durante o tempo em que estiveram sob a sua bandeira. A Black Dragons agradece também a todos os fãs, parceiros e apoiadores que estiveram juntos ao longo dessa jornada, mantendo o compromisso de levar uma comunicação transparente e aberta à comunidade”.
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Vale contextualizar que a lineup ex-Black Dragons procura uma nova organização com waved no lugar de lule. Neste momento, o time é o terceiro (45) com mais Pontos de Circuito e está atrás de LOUD (50) e Team Liquid (60) no ranking que classificará uma equipe brasileira ao Mundial inclusivo de VALORANT - marcado para acontecer entre novembro e dezembro deste ano na Arena CBLoL, em São Paulo.
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