VALORANT: bizerra valoriza má fase da Liquid e vê time mais preparado
Jogadora falou sobre incertezas ao longo da temporada, e exaltou importância dos irmãos em sua carreira
Além de representar o Brasil no VALORANT Game Changers Championship 2023, bizerra também carrega o sonho de seus irmãos consigo. Em conversa com o The Enemy, a jogadora da Team Liquid falou sobre a inspiração nos seus irmãos Lucas e Brener, que já aspiraram à carreira de pro player em outras modalidades. Ela também comentou o excelente período que está vivendo dentro de jogo.
Recapitulando, bizerra foi a vencedora do Prêmio eSports Brasil na categoria de Jogadora Revelação em 2022. Em 2023, ela é a única representante da Liquid no troféu de Melhor Jogadora, e dois troféus do Game Changers colocam seu nome à frente das adversárias srN e Jelly.
Questionada se já é possível assimilar tudo isso, ela confessa que não:
“Eu assumo que essa ficha ainda não caiu. Tem muitas pessoas que estão do meu lado nessa caminhada que repetem essas coisas, por exemplo a Daiki. Ela sempre foi uma inspiração pra mim e quase toda semana ela chega e fala de mim, da minha mira. Meu Deus, monstra, você é sinistra”, relatou.
“Sabe quando você fica olhando e meio que não entende? Ainda não caiu muito a ficha disso, e acho que esse mundial vai ser uma expectativa grande. O pessoal tá botando bastante expectativa em mim [...] eu acho legal botarem essa expectativa porque mostra que eu fiz um ano realmente bom”, completou.
Apesar de estar vivendo esse excelente momento há praticamente um ano, não é preciso ir muito a fundo para perceber que não foram apenas glórias nesse caminho. A Liquid passou por algumas incertezas ao longo da temporada, perdendo partidas nos qualificatórios para o Game Changers e colocando seu status de melhor time do Brasil em dúvida.
“Que que a gente tá fazendo de errado? Que que tá acontecendo? Porque a gente tava indo bem nos treinos, a gente tava jogando muito bem. Só que chegava no campeonato, parecia que tinha muito mais insegurança do que time”, revelou bizerra.
“Foi quando tudo começou a despencar, e individualmente falando, eu me culpei muito. Infelizmente eu sou uma pessoa que me cobra muito e trabalho isso psicologicamente. Na primeira vez que a gente perdeu o qualify, eu me culpei muito mesmo, fiquei muito mal, chorei. Fiquei naquela de pensar o que a gente pode fazer de diferente? O que eu posso fazer diferente?”, contou.
No fim, tudo isso cria casca para a Liquid, que deve chegar ainda mais preparada para o mundial deste ano. Se em 2022 elas não encontraram grandes desafios e chegaram ao Game Changers Championship praticamente sem perder, em 2023 o time já está mais resiliente.
“A gente tá mais que preparada para tudo isso”.
Vivendo o sonho pela família
Quem acompanhou o ULT, reality show de League of Legends (LoL), em 2021 deve lembrar de Kishine, Suporte que foi um dos cinco vencedores da competição e teve a grande oportunidade de se tornar profissional da modalidade. Irmão de bizerra, ele é a “coruja” que a acompanha em todas as oportunidades, e também um dos responsáveis pela carreira da jogadora.
Brener, o outro irmão do trio, também chegou a sonhar com a vida de pro player no Counter-Strike, mas não conseguiu alcançar esse objetivo. Ironicamente, ele agora acompanha enquanto a irmã é uma das melhores do mundo no jogo “concorrente”:
“Ele sempre jogou FPS, jogava CS, e eu não gostava muito de ver ele jogando porque percebia que era um jogo em que as pessoas eram muito brutas uma com as outras”, brincou.
Por outro lado, bizerra já era familiarizada com o LoL e confiou que a Riot Games repetiria o bom trabalho no VALORANT.
“Eu achava que era parecido com o LoL e comecei a jogar. Foi quando comecei a aprender com meus amigos, que me ensinavam coisas extremamente básicas. Plantar a bomba, defusar [...] Sempre foi um hobby, eu não joguei VALORANT pensando em ser pro player, até porque eu era Ferro, era horrível”, confessou.
Uma curva de aprendizado muito rápida acabou levando a jogadora para a elite das ranqueadas nacionais e, pouco tempo depois, a um bicampeonato no Game Changers.
“Eles me apresentaram esse mundo de jogos, então sou muito grata a eles por isso. Dá pra ver o orgulho deles, que eles sentem orgulho do time que eu tô, das minhas estatísticas. O Kishine, nem se fala, ele tá em todos os lugares. Toda hora que eu tô jogando, fazendo entrevista, ele tá lá acompanhando. É muito bom ter essa sensação com meus irmãos”.
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bizerra estreia em seu primeiro mundial nesta terça-feira (28), contra a G2, às 14h direto da Arena CBLOL. Durante a conversa com o The Enemy, a jogadora também falou sobre a expectativa e preparação para o duelo de estreia; confira.
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