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Garena demite 40 funcionários no Brasil; no mundo número chega a 300

Maiores cortes envolvem ex-funcionários Booyah

Por Rodrigo Guerra e Jairo Junior 05.09.2022 20H24

A semana não começou nada bem para boa parte dos funcionários da Garena, no Brasil. Isso porque a empresa promoveu uma onda de demissões em massa, nesta segunda-feira (5), pegando seus próprios profissionais de surpresa.

Segundo apuração do The Enemy, ao menos 40 pessoas foram demitidas das operações brasileiras, a maior parte envolvendo a Booyah!, plataforma para transmissões ao vivo que nasceu apoiada na popularidade de Free Fire.

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O número exato de demissões ainda é incerto, porém, fontes indicam que o número pode alcançar cerca de 300 pessoas ao redor do mundo.

A onda de demissões segue após o resultado financeiro da Sea, empresa mãe da Garena, Shopee e da fintech Sea Money, que acumula cerca de US$ 1 bilhão de prejuízo nos últimos meses. A informação também foi reportada pela Reuters na semana passada.

Segundo a reportagem da Reuters, a empresa não vai mais atualizar o aplicativo Booyah e já previa um corte "entre 30 a 40 pessoas". Porém, a agência de notícias não previu que esses cortes fossem ainda maiores.

À Reuters, a Sea declarou que a empresa "fez algumas mudanças para melhorar a eficiência em nossas operações que afetam várias funções", dizendo que se concentraria na "força de longo prazo de nosso ecossistema".

Repercussão no Brasil

O assunto veio à tona quando algumas das pessoas demitidas comentaram sobre o tema nas redes sociais. Um dos principais nomes a dar visibilidade no Twitter foi Pedro Falcão, desenvolvedor de games, que criou uma rede de apoio aos profissionais que deixaram a empresa.

O The Enemy conversou com alguns desses profissionais que pediram para manter seus nomes em sigilo e confirmaram que foram pegos de surpresa:

"A informação chegou para gente hoje de manhã, do nada. Até semana passada, pelo menos na parte em que eu atuava, tudo parecia bem e estável", disse uma das pessoas ouvidas.

Ao mesmo tempo, também foi dito que a explicação dada para alguns funcionários foi de que eram "ordens de cima" e não tinha a ver com desempenho dos profissionais. 

Nos bastidores, muitos ainda temem que este possa não ser o fim dos cortes. Inclusive, foi o que uma das pessoas ouvidas disse ao The Enemy: "O clima no momento é de ‘quando será a próxima vez'".

O The Enemy entrou em contato com a Garena, via assessoria de imprensa, buscando uma declaração oficial do que realmente aconteceu e qual o futuro da empresa no país. No entanto, até o momento em que esta matéria foi escrita, não houve uma resposta. 

Esta reportagem será atualizada caso a empresa se manifeste.