FIFA 23: Messi, CR7 e Neymar estão piores? Coachs analisam

Craques sofreram redução considerável em atributos, mas devem continuar sendo usados com frequência no modo Ultimate Team do jogo

Por Bruno Povoleri 14.09.2022 15H00

Os ratings dos melhores jogadores do FIFA 23 foram divulgados com novidades importantes, mas o que mais chamou atenção mesmo foi Messi, Cristiano Ronaldo (CR7) e Neymar. Apesar de estarem no topo das notas gerais do jogo, os três astros sofreram reduções significativas na maioria dos atributos. A tendência, no entanto, é que continuem sendo utilizados com frequência no modo Ultimate Team (FUT) do jogo.

Projetando a montagem do elenco de pro players e o impacto dessas mudanças em cartas que costumam ser utilizadas com frequência no competitivo do jogo, o The Enemy conversou com três treinadores: Gabgol, atual campeão mundial pela seleção brasileira e integrante também da Miners; NoMercy, da Tuzzy; e Tunão, ex-KRÜ e Portuguesa.

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Em um primeiro momento, Tunão acredita que o nerf nas cartas dos três craques vai fazer diferença por serem jogadores que impactam diretamente dentro das partidas do game e também na química da montagem dos elencos. Isso porque atuam em ligas relevantes e são de nacionalidades importantes. No entanto, ele pontua que o efeito pode variar de acordo com as estratégias que serão mais efetivas no novo jogo.

“Acho que [o impacto] é grande pelo o que a gente está acostumado a ver dessas cartas. São jogadores muito importantes em todos os times iniciais e que decidem jogos, por isso são até mais caros, né. O impacto vai ser muito grande nas escolhas de montagem de elenco e na escolha dos jogadores ideais para a meta do jogo, que pode voltar a ser mais rápido ou com mais toque de bola sem forçar muito a velocidade”, explicou Tunão.

Ainda que o ritmo talvez seja o atributo que mais chama a atenção dos usuários de FIFA na hora de escolher quais atacantes utilizar, Tunão ressalta que Messi, CR7 e Neymar também receberam reduções importantes em outras estatísticas. O coach sugere, inclusive, que o próprio CR7 está abaixo de Mbappé e Vinicius Jr quando o assunto é drible.

“Para o competitivo, acho que impacta muito nas montagens de elenco dos pro players decidirem se esses jogadores são bons ou não porque sofreram reduções não só no ritmo, mas também em muitos outros atributos, como equilíbrio, agilidade e fôlego. O CR7, que agora tem 76 de fôlego e 69 de equilíbrio, tem estatísticas muito baixas se comparado com jogadores que driblam muito, como o Mbappé, que provavelmente vai ser a melhor carta do jogo, e o Vinicius Jr - também muito rápido. Então vai quebrar um pouquinho a cabeça da rapaziada para montar o time”, opinou Tunão.

Foto: Divulgação/EA Sports

Já Gabgol discorda de uma influência imediata no competitivo por conta da provável mudança de calendário. A realização da Copa do Mundo do futebol tradicional será em novembro e, ao que tudo indica, fará com que as competições oficiais do FIFA 23 só tenham início em janeiro de 2023. “O impacto só vai acontecer mesmo na primeira parte do FIFA. Como a gente imagina que o competitivo comece somente em janeiro [de 2023], acaba que o impacto é um pouquinho menor”, disse.

O treinador da seleção brasileira do jogo também aponta que a redução no ritmo de Messi, CR7 e Neymar sugere que a velocidade geral no início do FIFA 23 será menor do que as edições anteriores. Ainda assim, o avanço dos eventos proporcionados pela EA Sports no modo devem fazer com que os três voltem a ter altos números de ritmo em cartas especiais.

“A tendência do jogo é ficar mais lento e depender menos da velocidade. Então a gente vê vários zagueiros com ritmo muito abaixo dos atacantes, mas que ainda assim conseguem pegar os atacantes na corrida pelos próprios atacantes estarem correndo com a bola. Isso tudo se resolve com as cartas In-Forms e de eventos especiais que sempre lançam desses jogadores como Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar. Os três costumam possuir cinco a seis cartas especiais por jogo e ganham um boost no ritmo para continuar do jeito que a gente já está acostumado”, explicou Gabgol.

Seguindo a mesma linha de argumentos de Gabgol, NoMercy também esclarece que a alta chance de uma mudança no calendário irá fazer com que as versões Ouro de Messi, CR7 e Neymar sejam menos impactantes no competitivo do jogo. Como complemento em relação a isso, ele projetou o futuro estilo de gameplay do FIFA 23.

“Se esse ano fosse um ano que o competitivo começasse na data normal, ia impactar diretamente no jogo e ia fazer com que quem conseguisse jogar mais com a bola no pé - sem forçar lançamentos e cruzamentos - tivesse um pouco de vantagem. Mas como o competitivo muito provavelmente deve acontecer só em janeiro, acho que até lá essa questão da velocidade já deve ter se igualado ao que a gente já teve no começo de outros FIFA. No geral, o jogo vai ficar um pouquinho mais cadenciado e vai beneficiar quem souber usar mais o body type do boneco, colocar bem o time taticamente em campo e usar melhor as instruções do jogador do que quem fica só correndo e mandando bola para área direto”, opinou NoMercy.

Entre tantas mudanças dentro do jogo e provavelmente também fora dele, o fato é que Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar continuarão sendo jogadores muito fortes no modo Ultimate Team e seguirão presentes na maioria dos times dos usuários. “Vão continuar sendo usadas, não tem cartas melhores. Ou Messi ou Neymar sempre vai ter”, concluiu Gabgol.

Foto: EA Sports/EarlyGame

FIFA 23 será lançado no dia 30 de setembro para PCXbox OneXbox Series S|XPlayStation 4 (PS4) e PlayStation 5 (PS5). Entre as novidades da nova versão do jogo, estão crossplay entre plataformas, a chegada da tecnologia HyperMotion2 e modo especial da Copa do Mundo.


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