CS:GO: Valve precisa parar de marginalizar os treinadores

A função é extremamente importante em qualquer esporte, mas no CS é propositalmente limitada

Por Jairo Junior 08.10.2022 16H21

Como diria um grande pensador da internet brasileira, "Em pleno 2022, ano da tecnologia", e a Valve com preconceito, marginalizando a função de treinador no Counter-Strike: Global Offensive. Uma das figuras mais importantes de qualquer esporte, no CS:GO o coach é propositalmente limitado e isso precisa acabar.

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No futebol, por exemplo, é normal vermos os treinadores na beira do campo se esgoelando para dar instruções aos seus jogadores. São comuns até mesmo momentos em que eles chamam um atleta específico até a lateral, para passar algo mais específico. Até mesmo na luta, enquanto estão esmurrando e sendo esmurrados, os lutadores ouvem atentamente o que seus treinadores pedem.

Esses são dois exemplos do que acontece em dois esportes tradicionais famosos no Brasil. Casos que são completamente contrários ao que vemos no Counter-Strike atualmente, já que o coach é proibido de falar com seus jogadores durante as partidas - com exceção dos curtos momentos de pause.

Chegamos em um momento em que a Valve quer desumanizar o treinador, proibindo-o não só de tocar seus comandados, como também de comemorar. Não importa se seu time ganhou o round do ano, o treinador precisa agir praticamente como um robô, indiferente aquilo.

Pior, ao agir como um ser-humano, o treinador pede desculpas ao árbitro… E eu não estou supondo isso, realmente aconteceu… Veja:

Esses tipos de regras são antigas no CS:GO e, por isso, infelizmente, se tornaram até normais. Em 2021, desde o PGL Stockholm, elas ficaram ainda mais rigorosas. No entanto, nem por isso precisamos normalizar e simplesmente aceitar calados.

Tudo isso acontece sob as diretrizes da Valve. É importante frisar isso. Não é uma escolha da ESL, tampouco do árbitro, que por vezes parece sem graça de impedir comemorações e coisas do tipo. Atos que são inerentes ao ser humano e, inclusive, dão toda a graça dos esportes eletrônicos.

Eu amo os esports como a minha vida e, provavelmente, não nutriria este mesmo amor se a modalidade fosse algo frígido. Se jogadores e torcedores fossem indiferentes a grandes jogadas, momentos e afins.

O coach é parte importantíssima do time. Está lá no dia a dia, conversa com os jogadores, ajuda nas estratégias, opina, manda e desmanda. Na hora do jogo, ele vira praticamente um mero espectador. Não faz o menor sentido.

Passou do momento da própria classe se juntar e pedir o apoio dos fãs nesta empreitada. Os treinadores do CS:GO precisam parar de ser marginalizados e passar a receber o tratamento e importância que merecem.

Eu não sei se você concorda comigo, mas fica aí a reflexão… O que você acha a respeito do assunto? Deixe nos comentários.


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