O mapa de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) de_voyna, criado pelo jornal finlandês Helsingin Sanomat, não pode ser mais baixado por jogadores da Rússia. De acordo com o próprio jornal, é possível que a própria Valve tenha banido o conteúdo do país; a desenvolvedora, entretanto, não respondeu aos contatos do veículo.

A razão pelo banimento, entretanto, é bem simples: ainda que sua aparência seja de um mapa comum de CS:GO, ele esconde uma sala com informações e reportagens feitas pelo jornal sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia. Fotos e manchetes sobre massacre, além de uma estimativa de russos mortos (70 mil) durante a guerra estão expostos na sala secreta.

O próprio nome do mapa já entrega seu propósito: “voyna”, significa guerra em russo, e, por ordem do governo, esse termo não pode ser utilizado ao falar sobre o conflito com a Ucrânia.

O mapa foi introduzido em 4 de maio, com uma longa reportagem do jornal finlandês, e ainda pode ser encontrado na oficina do Steam. A matéria afirma que o governo russo esconde informações sobre o conflito de seus habitantes; com o banimento, o veículo diz que pode sofrer punições da Rússia.

Ironicamente, o jornal ainda relata que há um interesse de Vladimir Putin, presidente da Rússia, para realizar um campeonato nacional de esports. Jogos nacionais como World of Tanks, e de empresas de países "amigos", como League of Legends, que é de propriedade da chinesa Tencent, podem entrar na lista das modalidades. O Counter-Strike, entretanto, ficaria de fora por “ter uma cobertura unilateral de eventos políticos”.

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O conflito entre Rússia e Ucrânia começou 2014, mas vive seu momento mais drástico desde 2022, quando soldados russos invadiram território ucraniano. O conflito segue até os dias de hoje, e já teve inúmeras repercussões no mundo dos esports: organizações foram banidas de alguns campeonatos, e jogadores russos seguem enfrentando dificuldade para participarem de torneios fora da Europa.

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