CS:GO: "A EG tem três times e os três são ruins", detona mch
Gaules, Apoka e mch debateram sobre investimentos e como funcionam o business dos esportes eletrônicos
"A EG tem três times e os três são ruins", afirmou mch. Foi assim que iniciou-se um debate entre os também streamers do Omelete, Gaules e Apoka, sobre como funcionam os investimentos e o business dos esports atualmente. Este é o tipo de vertente que causa curiosidade até na comunidade, mas é pouco comentada, gerando dúvidas até em profissionais do meio.
O comentário de mch faz parte de um questionamento, a respeito do alto investimento que a Evil Geniuses precisa ter, para bancar três line-ups de CS:GO ao mesmo tempo. Isso, aliado ao fato dos times deixarem a desejar e estarem longe de serem campeões, intriga bastante o criador de conteúdo.
Gaules, que é empresário e tem seu próprio entendimento desta área dos esports, deu algumas opiniões a respeito do porque esse tipo de coisa acontece. Segundo o Gau, isso é coisa de momento.
"Eu acho que existe um negócio que é o seguinte, o esporte eletrônico viveu e ainda vive um bom momento no sentido de conseguir rodadas de investimento, de grupos e acioanistas. Com isso, rolou uma injeção de dinheiro grande em vários clubes de esportes eletrônicos, tornando o momento para os esports bonito de uma forma que você pode fazer qualquer coisa sem ser muito cobrado."
Em contrapartida, Gaules crê que em algum momento o jogo vai virar e a coisa não será tão bonita assim. Muito pelo contrário.
"Eu tenho certeza que essa conta vai chegar uma hora. Não tem nada a ver com laranja e nem criptomoedas, é questão dos caras olharem e pensar que investir num clube de esporte eletrônico é mais barato do que investir no salário de jogadores da NBA, NFL... Eles falam, vamos injetar uma grana aqui? Aí entra uma grana que não é nada absurda, mas pro esporte eletrônico é uma boa grana, e os times pensam: 'bom, vamos fazer algo aqui, vamos tentar!'. Só que isso vai custando e em algum momento eles precisão devolver algum resultado. E é aí que começarão os tempos em que clubes começarão a falir, precisar reduzir salário, dispensar line-up..."
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Apoka também entrou no assunto e, falando da EG especificamente, lembrou que existe uma "causa maior" e até mesmo atípica, entre algumas organizações do cenário norte-americano, que é de justamente salvar o próprio cenário, que foi extremamente enfraquecido pela chegada do VALORANT.
"EG, Complexity e Liquid tem esse objetivo, entre eles, de salvar o NA. Só que a salvação está sendo chamar gringo europeu para jogar nos times. Porém, nem assim está dando muito certo", afirmou Apoka.
Mch contribuiu com a conversa ressaltando que para nós, talvez esses investimentos sejam gigantescos. No entanto, para quem está investindo, é "troco de pinga", como ele mesmo colocou. E isso é algo a ser levado em consideração quando o espectador comum se espanta com algo, que não é grande coisas para quem está fazendo.
Além da Evil Geniuses, foi colocado em pauta a forma como as coisas são feitas internamente no MIBR. Em resultados, o time de Counter-Strike da organização não impressiona. Porém, financeiramente, é um time que anuncia grandes patrocinadores constantemente, vendeu boltz, chelo, JOTA e uma vaga na BLAST e ainda assim conseguiu chegar no Major. Tudo isso com um investimento consideravelmente menor, em salário, do que a própria EG, por exemplo.
O fato levou mch a questionar: "Será que estamos entrando em uma zona, do tipo: ganhar paga pouco? Porque para ganhar você tem que pagar, mas talvez o retorno não pague esse investimento". Gaules concordou com a fala do companheiro e Apoka relembrou que alguns times realmente pagam muito para terem outros jogadores e outros conseguem investir pouco em alguns menos conhecidos e ainda assim tem resultados satisfatórios.
Confira o debate na íntegra, no vídeo abaixo:
Após o trio expressar seus pontos de vista, fica claro que não há uma resposta certa e exata para os questionamentos. Ainda assim, são pontos que realmente geram longas reflexões e debates, sobre como o business dos esportes eletrônicos funcionam e como cada organização está gerindo seus elencos, os investimentos feitos e como está buscando esse retorno.
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