CEO da Riot Games é investigado por assédio
Nicolo Laurent foi processado por sua antiga assistente, Sharon O'Donnell
De acordo com a VICE Games, o CEO da Riot Games, Nicolo Laurent, está sendo processado por assédio sexual por sua antiga assistente, Sharon O’Donnell.
Segundo uma cópia da queixa obtida pelo site, O’Donnell alegou que Laurent “a chamou para a sua casa enquanto sua mulher estava fora”, fazendo, inclusive, um trocadilho com “ejaculação”, além de ter discutido sobre sua roupa íntima e falado que “sua mulher tinha ciúmes de mulheres bonitas”.
Ainda de acordo com o documento, Laurent teria tecido comentários abusivos sobre a aparência da assistente, dizendo que “ela tinha tamanho extra-grande, mas que ele gostava” e que ela deveria ser mais feminina e tomar cuidado com o que dizia; o executivo também é acusado de a assediar fisicamente abraçando-a e pedindo para ela viajar com ele; e supostamente comentava outros absurdos como dizer para as funcionárias mulheres “lidarem com o estresse causado pelo Covid tendo filhos”.
O processo ainda diz que, quando O’Donnel recusava os avanços do chefe, ela recebia punições no trabalho, não recebendo horas extras e sendo negada a ter pausas para comer, até ser eventualmente demitida.
A Riot Games comunicou à VICE que está investigando as acusações, mas que Nicolo Laurent permanece no cargo por enquanto. “Um comitê especial dos nossos diretores está analisando a investigação, que está sendo conduzida por uma empresa de direito externa. Nosso CEO se comprometeu a ter cooperação total durante o processo”, disse um porta-voz oficial da empresa.
O comunicado do porta-voz ainda comentou sobre O’Donnel, dizendo que “a funcionária foi demitida da empresa após múltiplas queixas documentadas vindas de diversas pessoas”.
Mas não é a primeira vez que o assunto ronda a desenvolvedora de League of Legends. Funcionárias já marcharam para protestar contra o posicionamento da Riot em relação a acusações de assédio sexual e a empresa precisou pagar 10 milhões de dólares para fechar um processo envolvendo suas 1000 funcionárias mulheres.
Já em 2020, Laurent redigiu uma carta aberta para outros CEOs e líderes do mundo dos games “explicando” os erros cometidos pela Riot no passado e traçando planos para consertá-los no futuro. “Tenho orgulho da Riot que nos tornamos e que continuemos a evoluir todos os dias”, falou o executivo na época.